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Caso Beatriz: Como aconteceu a identificação do suspeito mais de 6 anos depois do crime? Entenda

Depois de 6 anos da prática criminosa, o suspeito de matar a menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, foi identificado pela polícia

Bruna Oliveira
Bruna Oliveira
Publicado em 11/01/2022 às 19:51 | Atualizado em 13/01/2022 às 17:34
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ARQUIVO PESSOAL
Beatriz Mota: "Ao ceifarem a sua vida de forma tão cruel e prematura, achei que havia perdido meu mundo". - FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Depois de 6 anos da prática criminosa, o suspeito de matar a menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, foi identificado pela polícia. A informação foi divulgada pela Secretaria de Defesa Social (SDS) nesta terça-feira (11).

Segundo o órgão, a identificação se deu após um trabalho conjunto realizado pelas forças estaduais de segurança pública. Para chegar até o homem, foi feita uma análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime.

Beatriz foi morta no dia 10 de dezembro de 2015 durante a formatura da irmã em uma escola em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A criança havia se afastado dos pais para beber água e desapareceu. Pouco tempo depois, seu corpo foi encontrado dentro de uma sala desativada, com 42 facadas.

>> Caso Beatriz: criança foi morta com 42 facadas em colégio; relembre o crime

Ainda de acordo com a SDS, foi feita uma confrontação de perfis genéticos do banco, na qual chegou-se ao DNA do suspeito, que já se encontrava preso por outros delitos em uma unidade prisional do Estado. Os crimes cometidos pelo homem não foram divulgados. De acordo com o Blog de Jamildo, o nome do acusado é Marcelo da Silva

O que diz a escola onde a menina foi morta

Por meio de nota, o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, disse que as informações concedidas pela SDS, e um primeiro momento, trazem alento a toda comunidade. 

"Reafirmamos que nos solidarizamos com os pais e familiares de Beatriz Mota e que continuamos colaborando, irrestritamente, com as investigações sempre que somos acionados", diz trecho do texto.

Leia nota na íntegra

O Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, tendo em vista as informações repassadas pelo Secretário de Defesa Social do Estado de Pernambuco em entrevista realizada no dia de ontem (12/01/2022), de que após exames periciais de DNA conseguiu-se identificar executor do crime da menor Beatriz Moto, vem a público manifestar que respectivas informações, nesse primeiro momento, trazem alento a toda comunidade Salesiana, que tanto busca pela solução deste caso. Reafirmamos que nos solidarizamos com os pais e familiares de Beatriz Mota e que continuamos colaborando, irrestritamente, com as investigações sempre que somos acionados. Rogamos pela continuidade das apurações, confiando plenamente na Justiça, Polícia Civil do Estado-PE e Ministério Público-PE para a solução do caso.

Caso sem solução por 6 anos

Praticado no dia 10 de dezembro de 2015 no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, o assassinato de Beatriz completou seis anos em 2021 sem que ninguém tivesse sido preso.

Com 24 volumes, o inquérito do caso, que possui 442 depoimentos, sete tipos diferentes de perícias, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas telefônicas analisadas, foi remetido ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), no dia 13 de dezembro de 2021.

Os autos já haviam sido enviados em 2019, quando o MPPE requisitou novas diligências. Todas as solicitações foram cumpridas e entregues ao Ministério pela Força-Tarefa criada pela Chefia de Polícia para investigar o caso.

Os quatro delegados, com vasta experiência em investigações relativas a crimes de homicídios, revisitaram todo o material que já havia sido produzido e realizaram novas diligências. 

Perito demitido em dezembro

No dia 28 de dezembro, o perito criminal Diego Costa, que prestou consultoria de segurança ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora após o assassinato da menina Beatriz foi demitido pelo governador Paulo Câmara

O perito era sócio de uma empresa de segurança que foi contratada pela escola e, posteriormente, participou da investigação do caso.

Caminhada da família de Beatriz

Para cobrar justiça diante do caso até então sem solução, a família de Beatriz, deu início a uma caminhada, no dia 5 de dezembro de 2021, de Petrolina até o Recife. Ao todo, a mulher percorreu 702 km, em um trajeto que durou 23 dias.

"Eu vim caminhando de Petrolina a pé até Recife imagine só o que não sou capaz de fazer", afirmou a mãe da garota, Lúcia Mota, na ocasião.

 

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