Com Emanuel Bento, do JC
Quem "madrugou" no Grande Recife neste sábado (5) se surpreendeu por um céu mais vermelho que o comum.
Essa bela e incomum paisagem, que chamou a atenção e rendeu belos cliques do amanhecer pode ser explicada pela ciência.
O fenômenos é conhecido como "dispersão de Rayleigh", que diz respeito às propriedades ópticas da luz do Sol na atmosfera da Terra.
A luz do sol é uma mistura de todas as cores visíveis: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e violeta. Cada cor corresponde a um comprimento de onda eletromagnética.
Quando a luz do sol atravessa a atmosfera, é espalhada pelas partículas do ar. Esse espalhamento depende do comprimento de onda da luz e do tamanho das moléculas de ar. A relação entre esse dois fatores é o que os físicos chamam de ressonância.
Nessa ressonância, a eficiência com que o azul é espalhado é cerca de 10 vezes maior, dando ao céu a coloração que tanto conhecemos. No entanto, quando o sol está nascendo ou se pondo, os raios de luz atravessam um percurso mais longo, possibilitando outras tonalidades como amarelo, laranja e vermelho. Já a componente azul é espalhada para as regiões da Terra onde é dia.
Esse efeito pode ser ainda mais acentuado quando a atmosfera tem outras partículas sólidas em suspensão. Se o ar tiver uma quantidade maior de poeira, por exemplo, tende a avermelhar mais ao pôr do sol e ao amanhecer, pois as partículas interferem no espalhamento da luz.
Halo solar embelezou céu do Recife em janeiro
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Em janeiro, o recifense foi presentado com o halo solar que se formou no céu. Em meio aos momentos difíceis que a sociedade tem passado, a beleza de um arco-íris ao redor do Sol levou cor, encanto e emoção para muita gente.
Brincando com o recente sucesso da Netflix, quase todo recifense ignorou ao pedido da vilã interpretada por Meryl Streep no filme "Não Olhe Para Cima", sucesso da Netlix: está todo mundo olhando para cima!
"O halo solar é um fenômeno natural que ocorre quando existem cristais de gelo na atmosfera e a luz do sol os atravessa, e é relativamente comum, até é possível vê-lo ao redor da lua às vezes. Os halos se formam a 5-10 quilômetros (3-6 milhas) na troposfera superior, causados por nuvens do tipo Cirrostratus. A forma e a orientação particulares dos cristais são responsáveis para o tipo de halo observado. A luz é refletida e refratada pelos cristais de gelo e pode dividir-se em cores por causa da dispersão, semelhante ao arco-íris", explicou nota divulgada pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac).
Com informações do jornal O Povo para a Rede Nordeste