Morte de criança

Após morte de menina durante ação da polícia em Porto de Galinhas, Prefeitura do Ipojuca cobra providências do governo estadual

Prefeita do município decidiu reunir Comitê de Crise para tratar da morte de Heloysa Gabrielly, baleada durante ação policial em Porto de Galinhas nesta quarta-feira (30)

Humberto Cassimiro
Humberto Cassimiro
Publicado em 31/03/2022 às 21:14 | Atualizado em 31/03/2022 às 22:35
Notícia
ALEX OLIVEIRA/JC IMAGEM
INTERDIÇÃO Grupo ateou fogo e fechou vias de acesso à praia. Protesto durou até o final da noite - FOTO: ALEX OLIVEIRA/JC IMAGEM

A Prefeitura do Ipojuca cobrou do governo de Pernambuco, nesta quinta-feira (31), "providências para que a ordem pública e a segurança dos cidadãos e dos turistas seja restabelecida".

A decisão de oficiar o executivo acontece no dia seguinte à morte da menina Heloysa Gabrielly, 6 anos, baleada nesta quarta (30) enquanto uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) era realizada na comunidade de Salinas.

Nesta quinta-feira, moradores da comunidade pediram justiça pela morte da criança. As principais vias de acesso a Porto de Galinhas, no município do Ipojuca, foram interditadas durante a manifestação.

Vários comerciantes da região também fecharam os estabelecimentos em apoio ao protesto, bem como ambulantes, barraqueiros, jangadeiros, entre outras categorias do município.

A prefeita do Ipojuca, Célia Sales, decidiu reunir, nesta quinta (31), o Comitê de Crise para discutir sobre a morte de Heloysa. Em nota, o governo municipal lamenta o ocorrido e diz aguardar resposta da investigação.

Confira a nota na íntegra:

A prefeita do Ipojuca, Célia Sales, reuniu o Comitê de Crise, nesta quinta-feira (31), para tratar sobre o falecimento da menina Heloysa Gabrielly, vítima de arma de fogo no dia de ontem, quando o BOPE realizou uma operação na Comunidade Salinas, localizada em Porto de Galinhas. A prefeita, junto com o Comitê, decidiu oficiar o Governo do Estado cobrando providências para que a ordem pública e a segurança dos cidadãos e dos turistas, desestabilizada pelo fato, seja restabelecida.

Uma série de protestos com fechamento de vias públicas e pedidos de justiça foram realizados nesta quinta-feira pela comunidade e os serviços turísticos principais, oferecidos pela associação dos barraqueiros, jangadeiros, bugueiros, ambulantes, mergulhadores, entre outros, se uniram à causa e cruzaram os braços. A Prefeitura, por meio da Secretaria de Turismo do Ipojuca, um canal de informações para o turista através do aplicativo 153 digital. A Prefeitura do Ipojuca lamenta a morte da menina Heloysa, aguarda resposta da investigação e espera que os dias de paz voltem a reinar no maior destino turístico do Estado.

Prefeitura do Ipojuca

* Com informações dos repórteres do JC Katarina Moraes e Filipe Farias

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