O corpo de Heloysa Gabrielly, de apenas 6 anos de idade, foi enterrado nesta quinta-feira (31) no cemitério de Nossa Senhora do Ó. Ela foi baleada durante uma ação do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) na comunidade de Salinas, no município de Ipojuca, e não resistiu.
Um grande cortejo se formou no centro de Porto de Galinhas. Pessoas a pé, de carro, de ônibus e mesmo de buggy acompanharam o cortejo fúnebre em direção ao cemitério.
No cemitério, a mãe de Heloysa Gabrielly, Gleidiane Fernandes, foi carregada por amigos e familiares. Ela segurava uma boneca da filha e estava bastante abalada. A avó da menina também estava no local, desesperada com a perda da neta.
O corpo de Heloysa foi velado por aproximadamente 20 minutos. Logo em seguida, o caixão foi carregado por jangadeiros para o local do enterro.
O momento, no final da tarde, foi de comoção entre os moradores, que aplaudiam e oravam. O pai de Heloysa, o jangadeiro Wendel Fernandes, relembrou, chorando, os últimos momentos com a filha.
"Eu estava na casa da minha mãe quando ouvi os disparos. Quando vi, ela já estava virando os olhos... Eu disse [para o policial] você matou a minha filha. Peguei ela, me jogaram na viatura para socorrê-la até o hospital, mas ficaram mentindo, me enrolando, dizendo que ela ia viver", contou.
* Com informações do repórter Filipe Farias, do JC
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