Um barbeiro de 39 anos, que trabalhava em um salão de beleza no bairro da Madalena, zona oeste do Recife, foi acusado de assediar moralmente e sexualmente quatro mulheres.
Cinco vitimas foram até a delegacia denunciar o crime, mas apenas quatro confirmaram que o suspeito praticou os abusos.
Assédio em salão de beleza no bairro da Madalena
As quatro vítimas do assediador prestaram queixa contra o suspeito na Delegacia da Mulher, localizada no bairro de Santo Amaro, área central do Recife.
A dona do estabelecimento acompanhou as vitimas até a delegacia.
"Eu viajei e, quando retornei de viagem, fui surpreendida por algumas profissionais que prestam serviço dentro do salão (meu salão é um salão parceiro) de que havia um barbeiro que também presta serviço dentro do salão, que estava assediando moralmente, sexualmente e praticando importunação sexual entre elas. Foram cinco profissionais diferentes e, diante disso, de imediato, tanto eu quanto o meu esposo, que somos sócios chamamos o barbeiro para conversar", diz a dona do salão.
Quando confrontado, o barbeiro negou as acusações.
"No primeiro momento, ele (barbeiro) negou os fatos. No segundo momento, ele disse que tudo tinha sido uma brincadeira", conta a responsável pelo estabelecimento.
Ameaças no local de trabalho
Emocionada, uma das vítimas relatou para a reportagem do Primeiro Impacto PE os momentos de desespero que viveu no local de trabalho.
"Eu me sentia sempre pressionada por ele, sempre que eu estava trabalhando ele me olhava pelos espelhos, falava um monte de coisas, como se eu fosse um objeto e eu nunca dei cabimento para ele. Eu me sentia muito mal, não conseguia nem trabalhar direito. Não conseguia de jeito nenhum, pois eu me sentia observada, pressionada e até hoje eu tenho medo. Ele já me ameaçou várias vezes, chegou a me beijar forçadamente e mesmo quando eu disse para ele que eu não gostei, ele simplesmente respondeu que era uma brincadeira", relata a vítima.
A funcionária ainda conta que o barbeiro ameaçava ir até a casa dela.
"Ele chegava perto de mim e dizia assim: 'Tá sozinha agora né?!' Porque antes eu tinha um relacionamento e, como ele sabe que meu ex esposo não mora mais comigo e que eu moro sozinha, ele falava como se quisesse ir até minha casa ou algo do tipo. Ele falava para as outras funcionárias que tinha uma arma e que tinha vontade bater no rosto de algumas delas", diz a vítima.
*Com informações do repórter Adúlccio Lucena e imagens do cinegrafista Artur Borba
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