Um crime chocou Pernambuco no última sábado (13). Um homem de 32 anos foi morto com um tiro nas costas por um guarda municipal, no município de Itapissuma. Segundo a prefeitura da cidade, não tinha autorização para utilizar arma.
O crime ocorreu por volta das 19h, em uma quadra de futebol, na Rua Caxias do Sul. De acordo com a família da vitima, identificada como Hélder dos Santos Silva, ele foi assassinado por reivindicar iluminação pública para a área. O suspeito do crime fugiu após o disparo.
Segundo presentes, ele teria sido assassinado na frente da esposa e do filho de apenas 7 anos.
"Ele disse, 'guarda, avisa ao prefeito que a quadra está escura'. Aí o guarda começou a agredi-lo verbalmente. Ele correu e um único disparo o atingiu pelas costas. O guarda se juntou aos companheiros dele, entrou na viatura e foi embora", disse a esposa da vítima, Rayany Maria.
A esposa também contou que Helder vendia ostras para complementar a renda da casa.
A Guarda Civil Municipal de Itapissuma não tem autorização para usar arma letal nas abordagens.
Responsabilização de uma classe
Uma das importantes lideranças das guardas municipais de Pernambuco, Marília da Guarda lamentou o ocorrido, mas frisou que é importante não generalizar uma atitude isolada de um agente.
"Lamento profundamente o ocorrido. Independente da ocasião e pessoas envolvidas, é uma vida que se perde de forma trágica e prematura. O que não pode ocorrer é responsabilização de toda uma classe de trabalhadores, guardas municipais, que como em toda profissão, tem bons e maus profissionais, o que vamos saber se este é o caso apenas com as investigações", disse Marília.
"Ocorrências isoladas não podem servir de palco para prefeitura alegar não estar ciente do trabalho armado pelos Guardas Municipais, tampouco incitar a opinião pública contra o trabalho da Guarda Municipal, que é uma das instituições de Segurança Pública mais bem vista pela sociedade, e com raríssimos casos como o que aconteceu no sábado", finalizou ela.
