Eleições 2022

ELEIÇÕES 2022: Celular do eleitor pode ser retido na hora da votação. Entenda

Para garantir sigilo do voto, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que eleitor não pode mais levar celular para cabine de votação

Humberto Cassimiro
Humberto Cassimiro
Publicado em 25/08/2022 às 19:15 | Atualizado em 25/08/2022 às 19:18
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ROBERTO JAYME/ASCOM TSE
Eleitor não poderá, a partir deste ano, levar o celular para a cabine de votação - FOTO: ROBERTO JAYME/ASCOM TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, em sessão no plenário realizada nesta quinta-feira (25), que o eleitor não pode mais levar o celular para as cabines de votação. A decisão vale mesmo no caso em que o dispositivo esteja desligado.

A decisão da Corte é baseada na segurança do sigilo do voto e numa consulta feita pelo União Brasil, que havia solicitado mais informações sobre a proibição. As informações são do Blog do Jamildo.

Desse modo, a partir destas eleições, previstas para outubro, os aparelhos celulares devem ser deixados com os mesários antes do eleitor se dirigir à cabine de votação, onde fica a urna eletrônica.

Em caso de descumprimento da regra, os mesários poderão acionar o juiz eleitoral e a Polícia Militar para o local de votação.

Além desta restrição, o plenário também indicou que os juízes eleitorais podem solicitar, de forma excepcional, o uso de detectores de metal. Para isso, no entanto, é necessário que exista uma justificativa.

Sigilo do voto preocupa TSE

Durante o julgamento, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, afirmou que o tema era uma das preocupações apresentadas pelos comandantes das polícias durante a reunião que aconteceu nesta quarta-feira (24).

De acordo com Moraes, o TSE se preocupa com três possibilidades:

  • grupos criminosos coagirem o eleitor a filmar o voto;
  • eleitores que recebem dinheiro para votar em determinado candidato e "provar" o voto o filmando; e
  • eleitores que votam errado de propósito e gravam a situação alegando defeito ou fraude no processo eleitoral.

O presidente da Corte lembrou, durante sua fala, de episódios ocorridos nas últimas eleições, em 2018 e 2020, em que eleitores gravaram o momento do voto e, apertando números inexistentes, alegavam fraude nas urnas.

"Nós percebemos que isso não é satisfatório, uma vez que o mesário não pode ingressar na cabine, que é indevassável, para ver se a pessoa ligou ou não o celular", argumentou Moraes.

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