Um jovem de 22 anos, que estava preso desde outubro de 2021 em uma unidade prisional de Tocantins, morreu no dia exato em que recebeu o alvará de soltura.
Brinner de César Bitencourt foi preso acusado de tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas.
Ele sublocava um quarto em uma residência onde moravam dois rapazes que foram presos ao confessarem envolvimento com drogas.
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Os suspeitos afirmaram que o jovem era inocente, Brinner também foi levado sob custódia e tentava provar sua inocência desde então.
ENTENDA O CASO
Conforme informações da Segundo a Secretaria da Cidadania e Justiça do Tocantins (Seciju), o jovem morreu na madrugada do última segunda-feira (10) em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Palmas.
Ele foi levado para a unidade de saúde no domingo (9) após passar mal.
Segundo o órgão, ele se queixava de dores no corpo há 15 dias. Brinner vinha sendo acompanhado pela equipe médica em diversas consultas e também foi encaminhado para atendimento especializado em unidades de saúde, porém sem receber qualquer diagnóstico.
Horas antes de ser hospitalizado, Brinner já havia manifestado o mal-estar e foi avaliado pela equipe de saúde plantonista que verificou a necessidade de um atendimento de socorro especializado, mas, após avaliação da equipe do SAMU, foi medicado e ficou sob observação da própria equipe da unidade prisional.
Horas depois voltou a passar mal e foi encaminhado para a UPA onde teve morte declarada às 4h30.
ALVARÁ DE SOLTURA
Às 15h40 do mesmo dia, a Central de Alvarás de Soltura da Polícia Penal do Tocantins recebeu o pedido de liberdade de Brinner.
A Seciju informou o falecimento ao Judiciário e à família.
Em nota, a secretaria também afirma que disponibilizou assistência no funeral, "com os custos, e todo o suporte prestado pela Seciju quanto ao velório, cumprindo assim, todos os protocolos executados em caso de óbitos de custodiados."
De acordo com a família de Brinner, a família não foi informada sobre o estado de saúde do jovem. As informações vieram à tona apenas no dia do falecimento. Eles pedem respostas.
A Seciju informou em nota que não avisou a família por questões de sigilo médico e que o laudo com a causa da morte ainda não foi emitido e informado à Unidade Penal.
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