PROTESTOS NAS BRs

Prisão do diretor da PRF, multa de R$ 100 mil por hora e mais: saiba o que pode acontecer por causa do protesto dos caminhoneiros

Entenda as consequências se as rodovias não forem desbloqueadas

Marcelo Aprígio
Marcelo Aprígio
Publicado em 01/11/2022 às 10:06 | Atualizado em 01/11/2022 às 10:19
Notícia
Wesley Santos/ TV Jornal Caruaru
Protesto de caminhoneiros em Pernambuco - FOTO: Wesley Santos/ TV Jornal Caruaru

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou durante a madrugada desta terça-feira (1º) e confirmou decisão individual do ministro Alexandre de Moraes, determinando a liberação de rodovias federais bloqueadas após o resultado das eleições ocorridas no domingo (30).

Na decisão, Moraes ordenou à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e às polícias militares que “tomem todas as medidas necessárias e suficientes” para a “imediata desobstrução de todas as vias públicas que, ilicitamente, estejam com seu trânsito interrompido”.

Ele atendeu a pedido da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que alegou inclusive risco de desabastecimento em algumas cadeias industriais.

POSSÍVEL PRISÃO DO DIRETOR DA PRF E OUTRAS CONSEQUÊNCIAS

Moraes também ordenou que o diretor-geral da PRF, Silvinei Marques, seja multado em R$ 100 mil a partir desta terça, seja afastado do cargo e preso caso não adote, imediatamente, as medidas necessárias.

E ainda que donos de caminhões usados em bloqueios sejam multados em R$ 100.000 por hora.

O ministro apresenta links para vídeos publicados em redes sociais e cita registros de “possível passividade de agentes da Polícia Rodoviária Federal em face de manifestações interruptivas de vias públicas federais”.

QUAL O MOTIVO DO PROTESTO DOS CAMINHONEIROS?

Moraes afirmou que as manifestações “são motivadas por pretensões antidemocráticas qual seja, um protesto contra a eleição regular e legítima de um novo Presidente da República, em 30 de outubro de 2022, inclusive com pretensão impeditiva de posse por meio de atos ilegítimos e violentos como seria uma absolutamente impensável intervenção militar”.

Os manifestantes, incluindo caminhoneiros, apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL), que no último domingo perdeu a corrida ao Palácio do Planalto para Lula (PT).

Pela decisão de hoje, o plenário do Supremo ressalvou que nas ações de liberação sejam resguardadas a segurança do entorno, incluindo de pedestres, motoristas e manifestantes, com destaque para mulheres e crianças.

A PRF tem afirmado que já promove a liberação das rodovias e que dezenas de pontos de retenção foram liberados até o momento.

De acordo com balanço do fim da tarde da segunda (31), foram registrados ao menos 132 bloqueios em 20 estados.

Ainda na segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) expediu ofício dando 24h para a PRF explicar os motivos da demora para a liberação das vias.

No Twitter, o ministro da Justiça Anderson Torres postou na manhã desta terça que, das 18h de domingo até às 6h30 desta terça-feira "já foram eliminados 192 pontos de bloqueio."

Com informações da Agência Brasil

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