A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelou o plano assustador do bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, que plantou bomba no Aeroporto de Brasília.
Em depoimento à polícia, o empresário contou detalhes do plano que tentava executar e, para isso, ele gastou aproximadamente R$ 170 mil com armas para realizar atos de terrorismo.
Segundo a PCDF, o homem planejava um possível atentado organizado na capital federal que seria colocado em prática nos próximos dias.
Além disso, o empresário contou às autoridades que pretendia entregar armas a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) acampados em frente ao QG do Exército e explodir bombas para radicalizar os bolsonaristas.
"Ele e o grupo falharam, talvez por falta de conhecimento técnico sobre como artefatos do tipo funcionam", afirmou o diretor-geral da PC-DF, delegado Robson Cândido ao UOL.
Ainda durante o depoimento, George Washington disse que foi a Brasília “preparado para guerra” e que aguardava uma “convocação do Exército”, pois era um “defensor da liberdade”.
No domingo, o portal Metrópoles revelou que um colega de George Washington afirmou em um grupo de WhatsApp sobre as intenções do empresário ao viajar para Brasília, em novembro, e que o investigado estava “preparado para guerra”.
BOMBA AEROPORTO BRASÍLIA
O homem pretendia chamar a atenção de outros manifestantes ao realizar o ataque no aeroporto para que esses manifestassem contra a eleição de Lula (PT), afirmou no depoimento.
Além de George Washington, a polícia busca por novos envolvidos a partir desta segunda (26) e já identificou outros participantes na ação.
"Temos informações preliminares e, ao longo da semana, mais envolvidos podem ser presos. Ele confessa a participação de outras pessoas na tentativa de explosão", disse o Delegado-geral da PC-DF, Robson Candido.
Já segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, é importante que seja aguardada as conclusões oficiais, para as devidas "responsabilizações".
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