Chuvas

RASTRO DE UMA TRAGÉDIA: TV Jornal exibe documentário sobre 1 ano da grande tragédia das chuvas

Após um ano, maior tragédia em número de mortes do século no Estado continua sendo vivenciada no dia a dia das famílias que seguem em risco - sem ação efetiva do poder público em grande parte das áreas atingidas

Jessica Machado
Jessica Machado
Publicado em 01/06/2023 às 11:09 | Atualizado em 01/06/2023 às 17:29
Notícia
Tião Siqueira/JC Imagem
José Cláudio é mais um dos recifenses que perde tudo em mais um desastre nas barreiras da capital pernambucana - FOTO: Tião Siqueira/JC Imagem

365 dias depois da grande tragédia que vitimou 134 pessoas na Região Metropolitana do Recife, pouca coisa foi feita nas áreas de barreira. O que sobram são destroços, descaso e muitos traumas da população. A repórter Cinthia Ferreira esteve nos locais mais afetados pelos deslizamento de barreiras. O resultado foi uma série documental cheia de emoção.

O QUE DIZ O PODER PÚBLICO

O JC contatou o Governo de Pernambuco e as prefeituras de Jaboatão dos Guararapes, Recife, Olinda e Camaragibe para que respondessem as medidas tomadas contra novas tragédias em áreas de risco - porém, somente Jaboatão e Olinda responderam.

A Prefeitura de Olinda listou ações preventivas contra desastres em morros, como colocação de lonas, cadastro de moradores em sistema de alertas de desastres, obras de contenção, aplicação de geomanta, macrodrenagem e outros.

Ainda, afirmou ter preparado 8 pontos para acolhimento de possíveis desabrigados, a partir do mapeamento das áreas de riscos no município, e que pouco mais de 7 mil famílias olindenses foram beneficiadas com o pagamento de R$ 1.500 do auxílio emergencial no mês de junho de 2022, das quais 41 passaram a receber auxílio moradia. Atualmente, o auxílio-moradia, reajustado pela Prefeitura em 100% este ano, atende 1.052 famílias.

Já Jaboatão afirmou que tem cerca de R$ 200 milhões em projetos de proteção de encostas elaborados, sendo mais de R$ 80 milhões só para a área de Jardim Monte Verde, e está em busca de recursos para executá-los. Por outro lado, que executa obras como muros de arrimo, de contenção, e que estruturou a estruturação do Plano Integrado de Emergência, que estabeleceu gatilhos de alerta dos riscos de deslizamentos e inundações.

 

 

Por fim, alegou que está concluindo a estruturação de dois abrigos para receber as famílias que não tiveram para onde ir e que aguarda resposta de plano habitacional com 305 unidades enviada no último ano para o Governo Federal. Atualmente, há 916 famílias no auxílio-moradia do município.

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