OPERAÇÃO

PF cumpre mandado contra grupo neonazista em Pernambuco e São Paulo

A operação da PF batizada de 'Bedel' foi cumprida nesta sexta (2)

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 02/06/2023 às 11:49 | Atualizado em 02/06/2023 às 11:54
Notícia
Divulgação/Polícia Federal
PF deflagra operação contra a maior facção criminosa do país; plano dos suspeitos era resgatar líderes da facção em penetenciária - FOTO: Divulgação/Polícia Federal

Nesta sexta-feira (2) integrantes de grupo neonazista são alvo de mandados de busca e apreensão, executados pela Polícia Federal.

A operação batizada de 'Bedel' foi cumprida nesta sexta. A corporação informa que o grupo se constituiu em aplicativo de mensagem.

De acordo com a PF, as medidas foram cumpridas na cidade de São Paulo (SP) e em Petrolina, no Estado de Pernambuco (PE).

INVESTIGAÇÃO

A investigação teve início depois de um adolescente matar, com arma de fogo, 4 pessoas e ferir outras 13 em duas escolas no município de Aracruz (ES), em novembro de 2022, segundo a polícia.

Com a apreensão do autor, a investigação, da Polícia Civil do estado em parceria com a PF foi iniciada. Confira abaixo alguns dos conteúdos compartilhados pelo grupo:

  • Divulgação de tutoriais de assassinato
  • Vídeos de mortes violentas
  • Vídeos de fabricação de artefatos explosivos
  • Vídeos de promoção de ódio a minorias e ideais neonazistas

Ainda de segundo a PF, tais conteúdos podem ter induzido o menor a cometer os assassinatos em massa, visto que muitos arquivos dessa estirpe estavam baixados no celular do garoto.

Além disso, o rapaz usava na roupa o símbolo-mor nazista, a suástica, no momento do ataque, o que, de acordo com a investigação, demonstra a "influência de ideologia neonazista recebida pelo grupo de aplicativo, reforçando a tese de que o atentado foi cometido por razões de intolerância a raça, cor e religião com o fim de provocar terror social, o que configura o crime de terrorismo".

EMPRESA DO APP DE MENSAGENS

A polícia ainda relata que a empresa do aplicativo de mensagens não cooperou de forma adequada para repassar as informações necessárias à corporação.

Contudo, a PF identificou dois integrantes que interagiam ativamente com postagens com teor racista e antissionista, os quais são investigados pela prática de corrupção de menor de 18 anos ao induzi-lo a cometer a infração penal prevista na Lei de Terrorismo e de homicídio qualificado, mediante o compartilhamento de material antissemita, racista e de extremismo violento.

PENAS

Se somadas, as penas máximas dos crimes investigados atingem 72 anos de reclusão. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Linhares (ES).

Com informações do SBT News

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