VACINA

Vacina da Dengue é liberada, mas não estará disponível no SUS; entenda o motivo

Imunizante precisa passar por análise da Conitec antes de ser incorporado ao SUS.

Vitória Floro
Vitória Floro
Publicado em 05/07/2023 às 9:56 | Atualizado em 05/07/2023 às 10:03
Notícia
Freepik
Saiba para que serve, os benefícios e efeitos colaterais da vitamina B12. - FOTO: Freepik

 A nova vacina contra a dengue, chamada Qdenga, foi iniciada neste mês no Brasil, disponível em clínicas e laboratórios privados. Embora aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde março, o imunizante não será incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) ou ao Calendário Nacional de Vacinação até 2025, segundo o Ministério da Saúde.

Para sua possível inclusão no SUS, a vacina ainda precisa passar por análise de eficácia, efetividade, segurança e impacto econômico pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). O laboratório Takeda Pharma, produtor da vacina, pretende enviar o pedido de avaliação ainda este mês, mas a regulamentação prevê um prazo de análise de 180 dias, podendo se estender por mais 90 dias.

O Ministério da Saúde também deseja dar prioridade à produção nacional da vacina, conhecida como Butantan-DV, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan desde 2009. Os ensaios clínicos de fase 3 dessa versão mostraram uma eficácia de 79,6% na prevenção da doença, e se tudo correr conforme o planejado, poderá ser disponibilizada em 2025.

Atualmente, para ser imunizado contra a dengue, é necessário desembolsar entre R$ 301,27 e R$ 500 por injeção, seguindo a tabela da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), sendo o esquema vacinal composto por duas doses com intervalo de três meses.

ENTENDA COMO FUNCIONAM AS VACINAS

A vacina Qdenga apresentou uma eficácia geral de 80,2% contra os quatro sorotipos diferentes do vírus da dengue e pode ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos, tanto naqueles que já tiveram a doença como naqueles que nunca foram infectados.

É importante ressaltar que a vacina Qdenga, por ser de vírus vivos enfraquecidos, é contraindicada para grávidas, mulheres lactantes e pacientes com imunossupressão grave. Indivíduos com comorbidades, como diabéticos e cardíacos, podem e devem tomar a vacina, pois o risco de agravamento da dengue é maior nessa população.

O Brasil enfrenta uma situação preocupante em relação à dengue, com um recorde de 1.016 mortes em 2022 e altas taxas de casos em 2023. A vacinação é considerada uma medida importante para evitar o adoecimento e auxiliar no controle dessa doença que impacta significativamente o sistema de saúde do país.

VEJA MAIS: Qdenga, nova vacina, contra a dengue chega em Pernambuco na próxima semana

Comentários