As três mulheres que disseram ter sido vítimas de estupro em uma entrevista de emprego no Aeroporto Internacional do Recife Guararapes - Gilberto Freyre, no Recife, decidiram processar empresa onde suspeito trabalhava.
Segundo a coluna Segurança do JC, o advogado das mulheres, José Albérico Santos, confirmou a informação nesta quarta-feira (5) e disse que algumas medidas precisam ser tomadas.
"A gente entende que é necessário adotar medidas tanto no âmbito criminal quanto no cível, a título indenizatório, em face da empresa, tendo em vista que o fato aconteceu dentro da empresa. Também estão sendo estudadas medidas no âmbito cível contra o agressor", disse.
ESTUPRO EM SALA DO AEROPORTO DO RECIFE
Três mulheres, duas delas com 23 anos e a terceira com 37 anos, registraram uma queixa na Delegacia de Boa Viagem na última sexta-feira (30), um dia após a entrevista de emprego.
Ainda de acordo com o JC, o suspeito é ex-funcionário da empresa terceirizada GPS Predial Sistemas de Segurança Ltda., responsável pela vigilância do terminal, que foi demitido após a denúncia.
As vítimas relataram que foram trancadas pelo suspeito na sala da entrevista de emprego. Ele teria dito que iria revistá-las, tocando em parte íntimas dos corpos delas.
De acordo com o advogado Anderson Amorim, a vaga da entrevista seria para inspetor de segurança.
"Individualmente elas foram entrando na sala do recrutador e foram violentadas. A pretexto de mostrar procedimentos, de como seria a atividade laboral na empresa, ele se aproveitou para abusar as vítimas", explicou.
EMPRESA SE PRONUNCIA
A empresa GPS Predial Sistemas de Segurança Ltda. divulgou, por meio de um comunicado oficial, que "tomou as medidas necessárias, incluindo o desligamento do funcionário envolvido".
Ainda em nota, a empresa afirmou que lamenta o ocorrido e que não compactua com qualquer tipo de violência ou conduta desrespeitosa que contrariem os valores contidos em seu código de conduta e ética.
PRONUNCIAMENTO DO AEROPORTO DO RECIFE
Aena Brasil, a empresa encarregada da administração do aeroporto, divulgou em um comunicado que foi informada do caso na manhã de 30 de junho e "exigiu o afastamento imediato do acusado. Posteriormente, fomos informados de que ele foi detido pela polícia".
A Aena Brasil expressou repúdio a qualquer forma de violência e deixou claro que não tolera nenhum ato desse tipo. A empresa ressaltou que o caso está sendo investigado pela polícia e que está colaborando para que seja esclarecido.
O suspeito foi interrogado e posteriormente liberado. Não foi possível localizar a defesa do suspeito para comentar sobre o caso.
A Polícia Civil emitiu um comunicado no qual pede a outras possíveis vítimas para que entrem em contato com a Delegacia de Boa Viagem, localizada na Avenida Engenheiro Domingos Ferreira, número 4420.
*Com informações do JC Coluna Segurança
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