Cinco anos após o assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco, a Polícia Federal prendeu na manhã desta segunda-feira (24) o ex-bombeiro militar Maxwell Simões Corrêa, conhecido como o Suel, suspeito de envolvimento no crime.
A operação foi batizada de Élpis e esta é a primeira fase da investigação das mortes de Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, liderada pela PF, que assumiu o caso em fevereiro de 2023.
QUEM É SUEL?
Suel já é um conhecido dos investigadores deste crime. Ele havia sido preso em 2020 e condenado, em 2021, por atrapalhar as investigações. Ele é amigo de Ronnie Lessa, PM reformado que está preso, suspeito de atirar contra Marielle Franco.
Para o Ministério Público, Maxwell era o dono de um carro usado para esconder as armas usadas no crime. Ele também teria sido um dos responsáveis por se livrar das armas, jogando-as no mar.
Até a última atualização da reportagem, ainda não está claro o motivo que levou Suel a ser preso mais uma vez.
OPERAÇÃO
Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, além da prisão de Suel, foram expedidos pela Justiça sete mandados de busca e apreensão no âmbito das investigações sobre os crimes contra Marielle.
Hoje a Polícia Federal e o Ministério Público avançaram na investigação que apura os homicídios da Vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.
— Flávio Dino ???????? (@FlavioDino) July 24, 2023
Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e sete mandados…
COMO ESTÃO AS INVESTIGAÇÕES SOBRE QUEM MATOU MARIELLE FRANCO?
De acordo com o G1, as investigações passaram para a esfera federal em fevereiro deste ano. Até o momento, ninguém respondeu quem mandou matar Marielle Franco.
Até o momento, as investigações que estavam sendo comandadas pela Polícia Civil chegaram a dois nomes importantes:
- Ronnie Lessa: PM reformado, suspeito de atirar contra Marielle;
- Élcio de Queiroz: Ex-PM, suspeito de dirigir o carro de onde Ronnie teria efetuado os disparos.
Ronnie e Élcio estão presos em presídio de segurança máxima. Não há data para o julgamento dos dois.
Além deles, um outro PM que também era investigado por envolvimento no crime, Adriano da Nóbrega, foi morto em 2020 em uma troca de tiros, quando confrontou a polícia na Bahia.
DELAÇÃO PREMIADA
Em delação premiada, Élcio de Queiroz confessou que dirigiu o carro e atribuiu a Ronnie Lessa os disparos contra Marielle e Anderson.
Ainda de acordo com Élcio, Suel vigiou os movimentos de Marielle, fazendo campanas.
Até o momento, Ronnie nega as acusações.
