Caso de polícia

Jovem morre com "mata-leão" durante internação à força em clínica de reabilitação clandestina

De acordo com a Polícia Civil (PC), cinco funcionários do local foram presos

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Suzyanne Freitas

Publicado em 02/08/2023 às 9:34
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Um jovem, que não teve a identidade revelada, morreu ao sofrer um golpe de mata-leão durante uma internação à força em uma clínica de reabilitação clandestina.

Segundo informações do portal Metrópoles, o caso aconteceu em Abadia de Goiás, na região metropolitana da capital goiana. 

Ao todo, cinco pessoas acabaram sendo presas nessa terça-feira (1º). Os presos são o gerente da clínica, os donos e também funcionários, que teriam feito a internação compulsória da vítima.

INVESTIGAÇÃO

O caso é investigado pelo delegado Humberto Soares, da Polícia Civil (PC), em Posse, nordeste goiano. Os nomes dos investigados não foram divulgados.

De acordo com o delegado, o caso começou a ser apurado há cerca de dois meses, depois que funcionários de um hospital, em Simolândia, também no nordeste goiano, acionaram a corporação em razão da morte do jovem.

VÍTIMA TINHA PROBLEMAS 

A vítima tinha problemas com o uso de drogas e, segundo o investigador, a família solicitou a internação dele na clínica, no entanto, não sabiam como era feita.

“Três funcionários foram até a casa da vítima, que morava em Posse, e se identificaram como falsos policiais. Quando o jovem percebeu que se tratava de uma internação compulsória, tentou fugir. Para imobilizar a vítima, os funcionários aplicaram um golpe de mata-leão. Apesar de ter sido levado para o hospital, o jovem acabou morrendo por enforcamento”, falou Soares.

Ainda segundo o delegado, a internação de paciente deve ser feita após uma decisão judicial ou orientação médica com prazo e medicações necessárias.

Segundo ele, os suspeitos são investigados por homicídio qualificado e sequestro, além de cárcere privado, falsificação de documentos e curandeirismo.

A família da vítima colabora com a apuração do caso.

CLÍNICA CLANDESTINA

Segundo Soares, a clínica não tinha autorização de funcionamento. Segundo ele, o local já havia sido fechado e teve as atividades suspensas, porém, voltou aos atendimentos de forma clandestina.

O delegado aponta, ainda, que os funcionários do estabelecimento não tinham preparo para fazer as internações.

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