SONEGAÇÃO

Polícia investiga grupo empresarial de atacados por sonegação fiscal de R$ 55 milhões

Grupo empresarial é suspeito de sonegação fiscal com dívida milionária, entenda o caso

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Amanda Marques

Publicado em 08/08/2023 às 12:14 | Atualizado em 08/08/2023 às 12:23
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Polícia Civil do DF realiza buscas em três estados do Brasil por esquema de sonegação fiscal.
Polícia Civil do DF realiza buscas em três estados do Brasil por esquema de sonegação fiscal. - iG Economia.

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a operação Arancia, nesta terça-feira (08), que tem como alvo um grupo empresarial de atacadistas de alimentos e bebidas. A investigação é coordenada Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária, conjunta ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (Dot/Decor).

Os empresários são suspeitos de envolvimento em um esquema de sonegação fiscal com uma dívida tributária de R$ 55.793.712,22. De acordo com informações do Metrópoles, os atacadistas atuavam em unidades do Distrito Federal, Rio de Janeiro, Bahia e Goiás.

As autoridades policiais revelaram que, no curso das investigações, descobriu-se que o grupo empresarial se aproveitava de empresas de fachada para emissão de notas fiscais frias e aumentavam a distribuição de dinheiro.

A Polícia Civil do DF cumpre mandados no Distrito Federal, quatro cidades de Goiás e em uma cidade de São Paulo. Também foi decretado o bloqueio de contas bancárias.

Investigação de grupo empresarial por sonegação de imposto

Os investigadores descobriram que os mentores do esquema fraudulento vendiam notas fiscais falsas para outros empresários do ramo atacadista, incluindo concorrentes. As notas fiscais eram emitidas em nome de empresas de fachada que não existiam. Os mentores do esquema cobravam um título de "comissão" sobre o valor das notas fiscais.

Além disso, as empresas que se vinculavam às empresas existentes tinham seus quadros societários constituídos por “laranja” com padrões que não condiz com os valores milionários que eram movimentados pelas firmas de fachada.

Assim, ao deixar de recolher os impostos, as empresas constituídas por meio de laranjas atribuem uma grande dívida tributária que não pode ser cobrada, já que a persecução fiscal é para pessoas sem condições financeiras ao adimplemento da dívida, de acordo com o Metrópoles.

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