ECONOMIA

Brasil viu mais de 400 mil empresas fecharem as portas no primeiro semestre de 2023

Sem levar em conta os MEIs, saldo negativo chega a 750 mil empresas desde o 4º trimestre de 2021

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Vitória Floro

Publicado em 04/09/2023 às 7:48 | Atualizado em 04/09/2023 às 8:03
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Durante os primeiros seis meses de 2023, o Brasil registrou um total de 427.934 empresas encerrando suas atividades, abrangendo diversos portes, com exceção dos Microempreendedores Individuais (MEIs). 

Os dados foram levantados pela Contabilizei e cedidos ao portal G1. A análise se baseia em informações registradas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da Receita Federal.

Em comparação com anos anteriores, desde o quarto trimestre de 2021 a tendência de encerramento de empresas tem se tornado mais frequente do que a inauguração de novos estabelecimentos. Durante esse período, mais de 750 mil empresas deixaram de operar na economia brasileira.

Nesse período, foram abertas 2,08 milhões de empresas enquanto 2,83 milhões foram fechadas. No segundo trimestre deste ano, foram encerradas três vezes mais empresas industriais do que as que abriram.

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Durante esse período, houve a inauguração de 7.810 empresas industriais, mas o fechamento de 25.151 estabelecimentos.

Além disso, a indústria enfrenta um saldo negativo de abertura e fechamento de empresas desde o terceiro trimestre de 2021. O setor do comércio passou a ter um saldo negativo no quarto trimestre de 2021, enquanto os serviços só adentraram o campo negativo no terceiro trimestre de 2022.

Quanto aos números absolutos, o setor do comércio apresenta o desempenho mais desafiador. No segundo trimestre de 2023, presenciamos o fechamento de 129.515 empresas, em contraste com 61.685 inaugurações. Isso significa que aproximadamente duas empresas encerraram suas atividades para cada nova que foi aberta.

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No setor de serviços, em comparação, houve o fechamento de 196.651 empresas e a abertura de 133.836 no segundo trimestre deste ano.

Nessa relação percentual, 1,5 empresa encerrou para cada nova empresa que surgiu, evidenciando as dificuldades enfrentadas por diversos setores da economia brasileira.

Desenvolvimento de empregos continua mesmo com cenário negativo

Por outro lado, um recente estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revela que, mesmo em um ambiente desafiador, as micro e pequenas empresas foram responsáveis pela criação de quase 710 mil postos de trabalho durante o primeiro semestre, desempenhando um papel fundamental na geração de empregos formais em nosso país.

Esse número representa aproximadamente 70% do total de vagas com carteira assinada que surgiram durante esse período.

De acordo com o Sebrae, essa tendência se assemelha ao que já havia sido observado nos primeiros semestres de 2021 e 2022.

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*Matéria realizada com informações do portal G1

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