Roraima

Crise Yanomami: PF investiga suspeita de superfaturamento em compra de oxigênio para indígenas

Há indícios de notas fiscais fraudulentas; se suspeitas forem confirmadas, investigados podem responder por genocídio

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Gabriel dos Santos

Publicado em 06/09/2023 às 9:18 | Atualizado em 06/09/2023 às 9:53
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A Polícia Federal (PF) iniciou nesta quarta-feira (6) a Operação Hipóxia com o objetivo de investigar suspeitas de superfaturamento na execução de um contrato para a prestação de serviços de recarga de oxigênio ao Distrito Sanitário Especial Indígena — Yanomami (DSei-Y).

A Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF) participam da operação, segundo o Metrópoles.

OPERAÇÃO DA PF

As investigações tiveram início a partir de uma denúncia recebida pelo MPF. Com o auxílio da CGU, foram detectadas diversas irregularidades no processo de contratação dos serviços de recarga de oxigênio destinados aos Yanomami.

Há suspeitas de direcionamento no resultado da seleção da empresa que seria responsável pela prestação do serviço, assim como registros de notas fiscais fraudulentas.

SUPERFATURAMENTO

As investigações sugerem que 89,89% do valor pago pelos serviços de oxigênio à empresa vencedora pode não ter sido repassado ao órgão indigenista.

As equipes estão cumprindo um total de 10 mandados de busca e apreensão em Boa Vista (RR), emitidos pela 4ª Vara Penal Federal em Roraima.

De acordo com a TV Globo, os envolvidos podem responder por peculato, omissão de socorro e genocídio de indígenas. 

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