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Protesto de funcionários da Compesa bloqueia pista do Cabanga, no Recife

Trabalhadores terceirizados afirmam que estão sem receber salário e benefícios deste mês de setembro

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 15/09/2023 às 12:09
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Um protesto realizado por funcionários da Compesa na manhã desta sexta-feira (11) bloqueou a pista em frente à sede da companhia que fica localizada na Ponte Paulo Guerra, no Cabanga, no Recife.

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram que os manifestantes queimaram pneus. As altas chamas interromperam o trânsito no local.

O protesto teve início por volta das 9h e, segundo a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), a pista foi liberada por volta das 11h.

Protesto no Cabanga

Os trabalhadores reivindicam o pagamento do salário e de benefícios como vale-transporte e vale-alimentação deste mês de setembro. Eles afirmam que os valores não foram pagos a terceirizados.

Os manifestantes afirmam que o protesto visa chamar a atenção da sociedade, e diz que atualmente há um "descaso da governadora Raquel Lyra".

"A governadora não dialoga com a categoria que segue sem reajuste salarial, do tíquete, sem nada! A data base dos compesianos é maio e desde então a Compesa vem empurrando as negociações sem oferecer absolutamente nada aos trabalhadores", revela um dos manifestantes.

Reprodução
Protesto de funcionários da Compesa fecha pista do Cabanga - Reprodução

Segundo José Barbosa, diretor do Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco (Sindurb) e conselheiro da Compesa, os trabalhadores com salários atrasados são prestadores que realizam serviços de manutenção de rede, manutenção de bombas, sistema elétrico, distribuição e operação.

"Pela legislação, o pagamento deve ser feito no 5º dia útil do mês, mas até o dia 14 eles só pagaram a metade, e o vale transporte não foi entregue aos trabalhadores, que é essencial para deslocamento e cumprimento da jornada de trabalho", conta Barbosa.

Durante o protesto, os funcionários seguram faixas e também criticaram uma possível privatização da Compesa, comentada nos bastidores do governo.

"Além da campanha salarial, o governo esta seguindo com o processo de desmonte para seguir com a privatização. Querem copiar o modelo fracassado de Alagoas, que foi entregue a iniciativa privada e a população está pagando a conta mais cara".

"Como se não bastasse, a governadora fala em privatização da empresa. É um completo descaso. A categoria avisa: Não vai ter rolo compressor. Não vão passar por cima dos trabalhadores e sociedade", afirma.

O diretor do sindicato afirma que eles não foram procurados pelo governo após a manifestação: "como sempre, eles não querem dialogar. Esse é o primeiro protesto e vamos fazer outros, na frente da sede da empresa e lá em Caruaru", anunciou.

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