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Greve do Ifood: Motoboys vão realizar paralisação nesta sexta-feira (29); saiba até quando deve durar

Trabalhadores pedem por melhores condições de trabalho e maior remuneração da atividade

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Vitória Floro

Publicado em 29/09/2023 às 11:00 | Atualizado em 11/10/2023 às 16:39
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Uma greve dos motoboys que trabalham nos aplicativos de entrega de delivery está planejada para acontecer a partir desta sexta-feira (29).

Uma greve dos entregadores que operam nos aplicativos de entrega de comida está programada para começar nesta sexta-feira (29).

Os trabalhadores estão mais uma vez exigindo uma remuneração mais justa e melhores condições de trabalho. Essa paralisação, conhecida como "breque geral", está planejada para se estender até domingo (1º).

Segundo a Associação dos Motofretistas Autônomos do DF (Amae-DF), a categoria está pleiteando o pagamento de R$ 35 por hora de trabalho registrada nos aplicativos durante cada turno de serviço.

A associação argumenta que o modelo atual é desigual, já que os entregadores recebem apenas pelo número de entregas realizadas, embora estejam disponíveis para atender chamados do aplicativo durante todo o período em que estão "logados" no serviço de entrega.

“Se você ficar o dia inteiro pela rua e não entregar nada, não recebe nada. Queremos receber da mesma forma como os garçons”, comentou o diretor da Amae Eduardo Couto (Du Colt) ao portal de notícias Metrópoles.

Breque Geral em Recife

Em Recife, a categoria deve aderir ao movimento na tarde desta sexta-feira (29). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Entregadores com Moto e Bike por Aplicativo do Estado de Pernambuco (SEAMBAPE), um protesto será realizado a partir das 16h na ponte Duarte Coelho, no bairro de Santo Antônio, região central do Recife.

Confira a nota do Sindicato na íntegra

No dia de hoje e no dia 02 de Outubro, o Sindicato dos Trabalhadores Entregadores com Moto e Bike por Aplicativo do Estado de Pernambuco (SEAMBAPE) , participa do "Breque Nacional”, organizado pelos trabalhadores e trabalhadoras do setor de plataformas digitais . Homens e mulheres de várias cidades e capitais , estarão organizados em luta pela garantia de seus direitos e de qualidade de vida. Os valores pagos pelo tempo de trabalho dos entregadores é super baixo , valores que não garantem o mínimo de autonomia financeira e por consequência muitos sofrem acidentes de trabalho , ficando com sequelas permanentes e até perdem a vida , na tentativa de aumentar seus rendimentos. A maior reivindicação da categoria é o pagamento por “Hora Logada” , isso quer dizer que os Entregadores , a partir do momento que ficam a disposição da Plataforma , devem receber por este tempo , assim como acontece em quaisquer outras categorias , exemplo: vendedores , atendentes , entre outros . Com ou sem clientes , esses têm o direito trabalhista de receber por aquele tempo disponível ao trabalho .
Estaremos sempre em luta pela qualidade de vida , direito à salários dignos , contra a exploração e ao reconhecimento da categoria.

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Trabalhadores pedem justiça

De acordo com os motoboys, a proposta das empresas é o pagamento de R$ 17 pela hora trabalhada. “Isso, para nós, é inaceitável”, resumiu Du Colt. Além da greve, os motoboys planejam fazer manifestações pelo DF.

“Nós iremos brecar e parar tudo. Ninguém vai receber pedido de shoppings e restaurantes”, afirmou Du Colt. A Amae enviou comunicado para o Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhobar-DF).

Segundo Du Colt, a intenção da categoria é fazer uma manifestação pacífica. “Nós pregamos a paz. Quem não puder participar, fica em casa. Vá passear com a família. Tire os três dias de lazer”, comentou.

 

*Com informações do Portal Metrópoles 

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