Bombardeios israelenses atingem abrigos, hospitais e escolas palestinas, aponta ONU
Contra-ataque de Israel na Faixa de Gaza vem atingindo civis, aponta ONU. Organização indica que escolas, abrigos e hospitais estão sendo bombardeados sem aviso aos civis palestinos

Conforme informações da Organização das Nações Unidas (ONU), a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, desencadeada em resposta ao ataque do Hamas, tem atingido não apenas as instalações do grupo palestino, mas também alvos que incluem locais de cuidados aos civis, abrigos, escolas e hospitais.
ONU e locais apontam que Israel faz ataques aéreos em áreas civis de Gaza
Segundo a ONU, os bombardeios israelenses causaram a destruição parcial ou total de 18 locais de assistência à população palestina. Além disso, pelo menos quatro escolas que serviam como abrigo foram atingidas, e as instalações de água e saneamento da cidade também foram afetadas.
De acordo com o New York Times, moradores de Gaza relatam que até mesmo locais tradicionalmente seguros, como mesquitas e hospitais, não têm sido poupados durante os ataques israelenses.
Após o ataque do Hamas a Israel no último sábado, as autoridades israelenses deram um prazo de 24 horas para que os residentes de certos bairros da Faixa de Gaza evacuassem, alegando que essas áreas seriam alvo de bombardeios. No entanto, os palestinos no local afirmam que, após o término desse prazo, não houve mais alertas sobre os ataques, que continuaram a acontecer.
Em resposta para o New York Times, o tenente-coronel do Exército israelense, Richard Hecht afirmou que a Força Aérea de Israel não está com tempo para disparar ataques de advertência aos civis. Essas advertências eram normalmente utilizadas em outros bombardeios israelenses em Gaza e tinha o objetivo de incentivar que os civis saíssem do local antes de poderem ser atingidas pelos ataques.
Embora as autoridades israelenses tenham enviado mensagens para números de telefone palestinos e feito publicações nas redes sociais sobre os locais a serem bombardeados, os residentes locais afirmam que esses alertas foram insuficientes.
A situação de energia, internet e rede telefônica no local já estavam precárias, mas o caso tem grande chance de piorar após Israel atingir a Companhia de Telecomunicações Palestina. Somando-se essa situação ao cerco israelense na cidade, a cidade também teve o fornecimento de água, energia, alimentos e medicamentos interrompidos pelos israelenses.
As estimativas do governo de Gaza é de que pelo menos 900 palestinos foram mortos e 168 prédios foram destruídos, entre eles estavam sete hospitais e 48 escolas. A cidade de 2,5 milhões de habitantes está cercada.
*Com informações do jornal O Globo
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