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Relatora pede indiciamento de Bolsonaro por atos golpistas

Ex-presidente foi indicado para ser indiciado por tentativa de golpe de estado e outros crimes

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Marilia Pessoa

Publicado em 17/10/2023 às 17:19
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A relatora da CPI dos Atos Golpistas, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pediu, nesta terça-feira (17), o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros suspeitos de envolvimento no ato de 8 de janeiro.

Entre os primeiros indicados para indiciamento pela tentativa de golpe de estado estão Jair Bolsonaro; os generais Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Luiz Eduardo Ramos, Paulo Sérgio Nogueira, Marco Antonio Freire Gomes, Ridauto Lúcio Fernandes, Carlos Feitosa Rodrigues e Carlos José Penteado; o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos; o tenente-coronel Mauro Cid; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP); o coronel Marcelo Costa Câmara e o sargento Luis Marcos dos Reis também estão na lista.

Também foram incluídos outros militares, policiais rodoviários federais, integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal e suspeitos de terem financiado ou influenciado a tentativa de golpe durante os atos de 8 de janeiro.

Crimes

Grande parte dos nomes citados no relatório é suspeita de crimes de associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de Estado.

Segundo a Agência Brasil, o relatório solicita que Bolsonaro seja indiciado pelos crimes de associação criminosa; tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito; tentativa de depor governo legitimamente constituído; e emprego de medidas para impedir livre exercício de direitos políticos.

A relatora da CPI disse que o nome de Bolsonaro foi citado por pessoas próximas a ele e afirmou que os golpes atualmente ocorrem por "disseminação de mentiras e propagação de ódio".

Eliziane Gama declarou que Bolsonaro, desde o início do governo "atentou contra as instituições democráticas" e "alimentou a violência dos brasileiros contra qualquer um que discordasse minimamente dos ideais bolsonaristas".

A relatora também citou que Bolsonaro questionou as urnas eletrônicas e que afirmava que ela seria sujeita a fraude, mas que ele não apresentou embasamento concreto.

Membros bolsonaristas do parlamento discordam do relatório apresentado por Eliziane e apresentaram dois relatórios alternativos nos quais expõem votos individuais, concentrando-se na suposta falta de ação do governo em relação aos atos golpistas.

*Com informações da Agência Brasil.

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