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Alexandre Ramagem atrasou exoneração de investigados por espionagem na Abin em caso de pregão, diz colunista

Notícia indica que Alexandre Ramagem tenha postergado demissão de servidores da Abin que já estavam sendo investigados em outros casos, PF suspeita de chantagem vinculada com situação da espionagem de celulares

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Cynara Maíra

Publicado em 25/10/2023 às 7:38
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A colunista Juliana Dal Piva, do portal Uol, publicou nesta quarta-feira (25) uma reportagem exclusiva sobre o caso dos servidores que utilizavam software para monitorar sem autorização judicial autoridades brasileiras. A situação é vinculada com a operação Última Milha da Polícia Federal.

O texto apresenta que o então diretor da Abin, o atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ),  postergou a demissão dos dois servidores que acabaram sendo exonerados na semana passada. A PF trabalha com a possibilidade de que a direção da agência estivesse sendo ameaçada sobre a revelação do monitoramento ilegal de dispositivos móveis. 

Ex-diretor da Abin atrasou demissão de servidores, suspeita é de chantagem

Segundo informações da colunista Juliana Dal Piva, em 23 de abril de 2021, a corregedoria-geral da Abin identificou Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Izycki, servidores exonerados na operação da última sexta-feira (20), como culpados de terem realizado uma licitação com o Exército. Abrir licitações com empresas com sociedade composta por membros da Abin é contra as regras da agência.

Mesmo com a recomendação de que Colli e Izycki fossem demitidos, o processo indica que Ramagem não exonerou os servidores, pedindo que o procedimento retornasse à corregedoria-geral para adicionar mais depoimentos e provas, além de solicitar a criação de uma nova comissão para discutir o tema. 

Segundo o ex-diretor da Abin, era necessário que antes da exoneração, a conduta dos agentes fosse individualizada. Alexandre Ramagem também apontou que o material carecia de mais provas sobre o conflito de interesses que tornaria a ação de ambos ilegal. 

Em resposta ao Uol, Alexandre Ramagem reafirmou sua justificativa para ter postergado as demissões e afirmou que a exoneração de ambos os servidores da Abin dois anos depois foi feita "de forma técnica". 

Entenda mais sobre as suspeitas da PF com a possibilidade de que os servidores tenham ficado na Abin por meio de ameaças à diretoria, confira a matéria integral  no Blog de Jamildo. .

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