GUERRA ISRAEL E HAMAS

Guerra no Oriente Médio: Pesquisa mostra que maioria dos israelenses não é favorável à incursão contra a Faixa de Gaza

No total, 8.700 pessoas já morreram na guerra entre Israel e Hamas; mais de 7.000 mortos estão em Gaza; 50% das vítimas palestinas são crianças, segundo OMS

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Gabriel dos Santos

Publicado em 27/10/2023 às 10:17 | Atualizado em 27/10/2023 às 10:26
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Uma pesquisa publicada nesta sexta-feira (27) pelo jornal Maariv mostra que a maioria dos israelenses não é favorável a uma invasão na Faixa de Gaza.

O levantamento aponta que 49% dos israelenses são contrários a que tropas do Exército de Israel entrem na Faixa de Gaza, território controlado pelo Hamas. Na última pesquisa, realizada em 19 de outubro, 65% dos israelenses apoiavam a operação contra Gaza.

Para 29% apoiam a invasão imediata, aponta a nova pesquisa. Outros 22% dos israelenses não têm ideia formada sobre o assunto.

Metade dos mortos em Gaza é de crianças

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 3.500 crianças já morreram na Faixa de Gaza durante os ataques israelenses desde o dia 7, após o Hamas matar 1.400 israelenses.

Civis que moram em Gaza também não estão conseguindo deixar o território de Gaza. Há um grande temor de que a entrada de tropas israelenses no território controlado pelo Hamas acabe na morte de ainda mais inocentes mortos.

NOTÍCIAS DE HOJE DA GUERRA

Israel e Hamas continuam com bombardeios nesta sexta-feira (27). Três pessoas ficaram feridas após um míssil atingiu um prédio residencial localizado no sul da cidade de Tel Aviv.

Na Faixa de Gaza, existe a previsão de que novos caminhões entrem com ajuda humanitária, mas a população civil continua sem conseguir sair da região conflitada.

Em entrevista, um representante do Hamas disse que os reféns só serão liberados, após um acordo de cessar-fogo com Israel. O governo de Benjamin Netanyahu diz que há quase 230 sequestrados pelo Hamas dentro do território palestino.

A entrevista foi dada ao jornal russo Kommersant por um terrorista identificado como Abu Hamid, que integra a comitiva do Hamas que visita a capital da Rússia, Moscou. 

Ainda na entrevista, o terrorista disse que 50 reféns morreram em ataques aéreos israelenses contra a Faixa de Gaza.

CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU JÁ VETOU 17 RESOLUÇÕES SOBRE PALESTINA DESDE 2000

Desde 2000, o Conselho de Segurança das Nações Unidas vetou 17 resoluções sobre a Palestina. O levantamento feito pelo Metrópoles evidencia como o tema é sensível para a comunidade internacional.

Nas últimas semanas, os diplomatas reunidos em Nova York não conseguiram chegar a acordos, mesmo com a escalada das tensões entre o Hamas, grupo terrorista que comanda a Faixa de Gaza (região que integra a Palestina), e Israel.

O principal objetivo do órgão é manter a paz e a segurança internacional. Uma resolução, se aprovada, deve servir de base para mudanças e decisões dos governantes - e seria importante para poupar vidas de civis, neste momento, por exemplo, na Faixa de Gaza e em Israel.

O QUE É O CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU?

O conselho tem cinco países que são membros permanentes. São eles:

  • China,
  • Estados Unidos,
  • França,
  • Reino Unido e
  • Rússia

Outros dez países são membros rotativos. Para que uma resolução seja aprovada é necessário que ao menos 9 países (entre os permanentes e rotativos) votem favoravelmente à proposta.

Entretanto, se um único membro permanente votar negativamente, a proposta é vetada, ainda que tenha apoio de todos os demais países.

Nos últimos 23 anos, a maioria das resoluções tentavam acordos de paz e negociações para o fim das operações militares dentro do Palestina, que ocupa parte do território vizinho.

Os Estados Unidos, que é grande aliado de Israel politica e economicamente, foi o país que mais vetou resoluções (15 no total).

Somente neste mês de outubro, durante a guerra entre Israel e Hamas, 4 resoluções já foram recusadas.

MOTIVO DA GUERRA ENTRE ISRAEL E HAMA

As milhares de mortes e imagens de mísseis cruzando os céus de Israel e da Faixa de Gaza desde o sábado (7) fazem muita gente se perguntar qual o motivo dessa guerra, iniciada pelo Hamas. Nesta página, veja um resumo do que está acontecendo em 2023 naquela região. 

O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM ISRAEL EM 2023?

Antes de explicar o motivo, vamos fazer um resumo do que está acontecendo em Israel. No sábado, dia 7 de outubro, o Hamas, que é um grupo político que controla a Faixa de Gaza e que tem um braço terrorista, disparou centenas de mísseis contra o território israelense.

Além disso, terroristas do Hamas entraram fisicamente em Israel e mataram e sequestraram israelenses em várias cidades perto da fronteira. Israel contra-atacou e também lançou bombas contra a Faixa de Gaza. Existe a grande expectativa para que militares israelenses entrem fisicamente na área controlada pelos terroristas nas próximas horas ou dias.

Nesta segunda-feira, os números oficiais de Israel e da Faixa de Gaza mostram que 1,2 mil pessoas já morreram.

São 700 vítimas fatais em Israel, 493 na Faixa de Gaza e sete na Cisjordânia. Há informações de que ainda há conflitos armados em pelo menos oito pontos perto da fronteira com Gaza. Centenas de pessoas continuam desaparecidas (muitas delas foram sequestradas pelo Hamas e levadas para dentro de Gaza). 

Além de árabes e israelenses, há vítimas de outras nações como Estados Unidos, Reino Unidos e França. Não há informações de brasileiros mortos, mas o governo Lula enviou aviões para resgatar centenas de cidadãos brasileiros que estão em Israel e querem sair do país por medo da escalada das tensões.

MOTIVO: POR QUE O HAMAS ATACOU ISRAEL?

Esta guerra é, na verdade, um novo capítulo de um conflito que se arrasta há décadas no Oriente Médio. 

O Hamas é  um grupo extremista, que prega o fundamentalismo Islâmico, controla a Faixa de Gaza e pede a abolição do Estado de Israel, que tem maioria judaica. 

Por outro lado, o Estado de Israel tem, nas últimas décadas, avançado sobre a fronteira com a Palestina, aumentando seu território e reduzindo o espaço dos muçulmanos. Além disso, os israelenses construíram assentamentos, que são como acampamentos (protegidos por muros), dentro do território palestino.

O Hamas argumenta que, com esses novos ataques iniciados no último sábado, pretende retomar territórios ocupados pelos israelenses.

Em 1948, a Organização das Nações Unidas desenhou um acordo estabelecendo a criação do Estado de Israel e o Estado da Palestina. A Palestina seria dividida fisicamente entre Faixa de Gaza ao sul e Cisjordânia, no Norte. A cidade de Jerusalém seria dividida entre as duas nações e teria controle internacional.

Os palestinos nunca assinaram o acordo. 

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