CRIME

Prostituta de luxo denuncia empresário amazonense por calote e cárcere privado

A jovem relatou ter sido recrutada por um intermediário especializado em atrair prostitutas de luxo de diferentes estados para participar de festas

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Vitória Floro

Publicado em 13/11/2023 às 7:04 | Atualizado em 13/11/2023 às 7:12
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Envolvida em uma rede de prostituição interestadual, uma profissional do sexo paulista viveu 10 dias de pânico e confinamento em Manaus (AM), mantida em uma mansão de propriedade do megaempresário amazonense Djalma Castelo Branco.

Com um homem armado impedindo sua saída e seis cães da raça rottweiler vigiando a área externa, a vítima estava impossibilitada de deixar a propriedade.

A jovem relatou ter sido recrutada por um intermediário especializado em atrair prostitutas de luxo de diferentes estados para participar de festas extravagantes com sexo e drogas na alta sociedade manauara. A promessa era de ganhar entre R$ 25 mil e R$ 30 mil em poucos dias.

Os clientes seriam personalidades influentes do Executivo e do Judiciário local, além de alguns empresários de grande poder aquisitivo.

A modelo explicou que se encontrou com o intermediário, conhecido como Hélio, em um movimentado shopping na capital paulista. Como não possuía os recursos para pagar a passagem, concordou que o cafetão pagasse R$ 4,5 mil pelas passagens. "O acordo era que eu reembolsaria o valor com os serviços prestados, e o restante seria meu lucro", afirmou."

Primeiras saídas

Nos primeiros dias, segundo a jovem, os programas aconteceram normalmente, e a dívida com o agenciador foi quitada. Quando estava em Manaus há alguns dias, apareceu a proposta de acompanhar o empresário Djalma Castelo Branco, conhecido na capital manauara por se envolver em confusões com mulheres, além de crimes ambientais e sonegação.

Segundo a garota de programa, ela levou um calote do empresário. “A casa é enorme e ocupa cerca de um quarteirão. Quando as meninas chegam lá, ele quer que todas fiquem peladas na piscina e transem umas com as outras na frente dos funcionários dele. Além disso, Djalma te obriga a beber, e não pode sair de lá sem autorização. O funcionário não abre o portão sem ele deixar e ameaça soltar os cães, se tentar fugir”, relatou.

Envergonhada e intimidada, a garota de programa revelou que o empresário passou mal após misturar álcool com estimulantes sexuais. “Ele passou mal e me colocaram para dormir num quarto com a porta trancada até ele liberar de manhã. Ele me pagou R$ 3 mil, mais a comissão do agenciador. Depois do sufoco, consegui sair da casa, mas com um acordo para voltar”, explicou.

Calote e ameaças

O empresário teria pedido que a modelo voltassedois dias depois, quando pagaria mais R$ 2 mil, além da comissão do agenciador.

Havia outras garotas de programa na casa e algumas aparentavam ser adolescentes, segundo a mulher. O empresário começou a ameaçar e xingar a vítima quando ela insistiu em receber o Pix com os valores acordados com antecedência.

O empresário não teria arcado com o pagamento do programa, e a modelo passou a ser ameaçada de morte por causa da cobrança. “Ele chegou a mandar dois capangas até o quarto de hotel em que eu estava hospedada, mas, por sorte, eu havia trocado de suíte por conta de uma infiltração. Com isso, os homens não me encontraram. Uma pessoa me ajudou e consegui voltar para São Paulo”, detalhou.

 “Tive de deixar a minha casa, pois ele ameaçou mandar pessoas atrás de mim. Me ofende diariamente, me xingando dos piores nomes possíveis. Estou pedindo medidas protetivas contra ele. Existem câmeras espalhadas por toda aquela casa, inclusive nos banheiros”, revelou.

Com informações do Portal Metrópoles 

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