INVESTIGAÇÃO

Mãe denuncia erro médico que encurtou braço de menino com deficiência

Segundo a família, o médico responsável pela cirurgia do menino garantiu que tudo estava certo, mas depois o osso do braço foi encurtado

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Vitória Floro

Publicado em 13/11/2023 às 9:51 | Atualizado em 13/11/2023 às 9:52
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Guilherme Gomes, de 15 anos, enfrenta desafios decorrentes de uma deficiência intelectual. No início deste ano, ele sofreu uma fratura no braço que exigiu intervenção cirúrgica ortopédica em um hospital particular de Taguatinga.

No entanto, após os procedimentos, o braço do jovem permaneceu notavelmente desalinhado, exibindo uma fratura evidente que resultava em intensa dor.

"O médico responsável assegurou à família que tudo estava em conformidade e que a situação fazia parte do processo de recuperação. Meses mais tarde, novos procedimentos foram necessários, resultando no encurtamento do membro."

A mãe de Guilherme, Liliane Leite, alega que o médico não teria utilizado as hastes de fixação óssea pagas pelo plano de saúde. "Com o passar dos dias, meu filho começou a apresentar uma deformação inaceitável no braço, tornando-se extremamente torto. Durante nove consultas, questionei o médico se era assim mesmo. Ele sempre me tranquilizava, afirmando que estava correto e que com o tempo o osso se alinharia."

Diante da agravante situação, onde o jovem perdeu progressivamente os movimentos do punho e do cotovelo, Liliane buscou outros centros clínicos. Os novos exames de raio-x revelaram a extensão dos erros médicos, apontando uma deformidade considerável.

"Meu filho, que já realizou mais de 60 sessões de fisioterapia, não tem previsão de alta. O novo médico solicitou todos os exames necessários. A família teve que se ajustar para acompanhá-lo nas terapias, prejudicando-se no trabalho devido às constantes ausências. Até o momento, o garoto não recuperou os movimentos do braço e continua a enfrentar intensas dores."

Após os problemas que culminaram na redução do braço do jovem, Liliane procurou novamente o primeiro profissional que atendeu a família. Ele reconheceu os equívocos e propôs uma cirurgia corretiva. "Guilherme está um pouco melhor agora, mas, até a cirurgia corretiva, ele estava abatido, triste e com receio de se machucar novamente, temendo novas intervenções devido aos traumas passados", relata a mãe. Ela destaca que o filho foi alvo de bullying na escola devido ao braço, o que impactou negativamente seu desempenho acadêmico.

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