PF combate fraude de R$ 90 mi na saúde com procura no DF e em 6 estados
A PF apura suspeitas de que uma organização social contratada para o gerenciamento de leitos de UTI superfaturou o valor de insumos
Nesta terça-feira (14/11), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Broken Armour, visando desmantelar supostas práticas de fraude a licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro, envolvendo empresários e servidores públicos em Tocantins.
Agentes da PF estão cumprindo 18 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Brasília (DF), Belém (PA), Anápolis (GO), Goiânia (GO), Umuarama (PR), Boa Vista (RR), Ribeirão Preto (SP), Cotia (SP), São Paulo (SP) e Maceió (AL). Estes mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal do Tocantins.
A investigação focaliza uma suspeita de que uma organização social, contratada para gerenciar leitos clínicos e de UTI, teria inflacionado os valores dos insumos e serviços prestados em hospitais nas cidades de Palmas e Gurupi, ambas em Tocantins.
De acordo com a PF, a organização social teria recebido cerca de R$ 90 milhões para administrar os dois hospitais durante as ações de combate à pandemia de Covid-19 nos anos de 2020 e 2021. Parte desse montante teria sido desviada em favor de agentes públicos e empresários vinculados à organização.
Com base em evidências coletadas pela PF, o alegado esquema criminoso incluiria superfaturamento, sobrepreço, pagamento por serviços não prestados ou duplicidade de pagamentos, além da subcontratação de empresas fictícias em outros estados do país, associado à lavagem de dinheiro proveniente de atividades ilícitas.
Os indivíduos implicados poderão enfrentar acusações de lavagem de dinheiro, fraude a licitação e participação em organização criminosa, com penas que, somadas, podem atingir até 23 anos de reclusão, além da perda de bens e valores para a reparação dos danos decorrentes das infrações penais.