POLÍCIA

Golpistas fraudam previdência de servidores e conseguem R$ 451 milhões

PF afirma que os golpistas fizeram vítimas em diversos estados. No total, são cumpridos 27 mandados de busca e apreensão

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Vitória Floro

Publicado em 14/11/2023 às 9:54
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A Polícia Federal (PF), com a colaboração da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), desencadeou nesta terça-feira (14/11) a Operação Minuano, visando desmantelar uma organização criminosa responsável por fraudes em fundos de investimento, resultando em prejuízos para os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) de servidores públicos em diversos estados.

Mais de 100 policiais federais foram mobilizados para cumprir 27 mandados de busca e apreensão em cidades como Porto Alegre (RS), Canoas (RS), Novo Hamburgo (RS), Portão (RS), Canela (RS), Cambé (PR), Londrina (PR), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

Além disso, medidas cautelares foram implementadas para suspender atividades financeiras e bloquear contas e ativos, totalizando até R$ 451 milhões, correspondentes ao estimado prejuízo causado aos RPPS.

A investigação teve origem a partir de dados reunidos na Operação Gatekeepers, iniciada em 2018, e revelou que o grupo criminoso teria captado e desviado R$ 239 milhões de 69 Regimes Próprios de Previdência Pública em estados como Rio Grande do Sul, Pará, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Paraná, Amapá, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Maranhão.

Além dos danos financeiros, a PF identificou pagamentos indevidos a dirigentes dos RPPS através de consultorias vinculadas ao grupo.

Os envolvidos podem ser responsabilizados por gestão fraudulenta, apropriação indébita financeira, estelionato financeiro, falsidade ideológica contábil-financeira, negociação de títulos mobiliários sem lastro, manipulação de preços de ativos, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, as penas acumuladas ultrapassam 40 anos de reclusão.

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