Câmara de Arcoverde arquiva processo contra vereadora que disse que mulher teve filho com deficiência por 'castigo de Deus'
Processo teve oito votos para ser arquivado
A Câmara de Vereadores de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, decidiu arquivar, nesta segunda-feira (13), o processo contra a vereadora Zirleide Mionteiro (PTB), que renunciou na sexta (10).
Foram oito votos para arquivar o caso e um para continuar o processo.
Zirleide disse durante uma sessão no dia 30 de outubro que uma "mãe estava sendo castigada por Deus por ter um filho com deficiência".
A mulher que teria sido alvo das ofensas é a vice-presidente do Conselho Municipal de Assistência Social de Arcoverde, Luzia Damaceli, que disse em entrevista à TV Jornal que o filho é portador do transtorno do espectro autista (TEA) e da síndrome de Moebius.
O suplente a vereadora, Eriberto Sacolão (PTB), assume o cargo nesta terça-feira (14).
Segundo o presidente da Câmara, Weverton Siqueira (Podemos), o processo ocorreu de acordo com o regulamento interno.
A vereadora Zirleide Monteiro (PTB) usou a tribuna durante sessão na Câmara de Vereadores de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco nessa segunda-feira (30), para falar a respeito de uma queda que sofreu e que teria virado meme e viralizado na semana passada.
Em meio à fala, a parlamentar mostrou indignação com as publicações, acusando um servidor da câmara de espalhar as imagens e se referiu a uma opositora política, que teria comentado as postagens. A vereadora disse que a mulher ter um filho com deficiência já seria um "castigo divino" para ela.
"O Castigo de Deus, ele está aqui em vida. Quando ela veio com um filho deficiente é porque ela tinha alguma conta a pagar com aquele lá de cima. Ela já vio para sofrer", disse.
Na ocasião, a vereadora chegou a ser verbalmente repreendida pelo Presidente da Câmara de Vereadores de Arcoverde Wevertton Siqueira (POD) pela fala.
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