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Funcionalismo público de São Paulo anuncia greve geral para terça-feira (28)

Diversas entidades estão unidas, incluindo CPTM, Sabesp, Metrô, entre outras

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Luana Simões

Publicado em 27/11/2023 às 7:57
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Na próxima terça-feira (28), trabalhadores de diversos setores do funcionalismo público do estado de São Paulo estarão em greve geral. O motivo é protestar e se mobilizar contra os projetos de privatização de serviços públicos, como Sabesp, Metrô e CPTM, liderados pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Mais de 40 entidades, incluindo Metrô, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), participarão da paralisação. Em 3 de outubro, já haviam realizado uma ação similar.

GREVE DO FUNCIONALISMO PÚBLICO EM SP

Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, enfatiza a importância da união das entidades diante da aceleração dos projetos de privatização dos serviços essenciais.

Ela destaca a necessidade de ouvir a voz da população, pedindo um plebiscito oficial para saber se a Sabesp deve ser privatizada, assim como a opinião sobre a privatização do transporte. Camila aponta o caos vivido desde o início de 2022 nas linhas de metrô privatizadas, ressaltando a falta de consideração pela opinião pública.

“Essa união de todas as entidades é importante porque o governo do estado de São Paulo está acelerando projetos de privatização de vários serviços essenciais e não está ouvindo a voz da população. Uma das reivindicações desse movimento do dia 28 é que o governador faça um plebiscito oficial para saber se a população quer que privatize a Sabesp. Assim como tem que ouvir a população sobre a privatização do transporte. Desde o início de 2022 a população está vivendo um caos com as linhas [de metrô] privatizadas e ele não ouve a opinião da população”, diz.

Roberto Guido, secretário de finanças do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), destaca que as entidades consideram as privatizações como destrutivas para o Estado.

Ele ressalta a mobilização de diversos segmentos por perceberem a amplitude da pauta. Roberto desafia o governo Tarcísio a realizar um plebiscito sobre o tema, destacando a clareza da população sobre suas preferências e rejeições.

“Nós tivemos um plebiscito popular a respeito da Sabesp, a própria situação da eletricidade no estado de São Paulo também mostrou para a população os problemas que a privatização traz. Portanto não há dentro da lógica do governo possibilidade da população compactuar com encarecimento de conta de água, falhas no abastecimento, as escolas públicas que já são precarizadas ficarem piores, sem contar o transporte todo dia no noticiário”.

 

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