Literatura

Vencedora do Jabuti, Karine Asth revela como a dificuldade de engravidar e superação se tornaram livro premiado

Friburguense que vive no Recife venceu o 65º Jabuti na categoria Romance de Entretenimento

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Marilia Pessoa

Publicado em 12/12/2023 às 20:19
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A escritora Karine Asth, friburguense que vive no Recife há 17 anos, venceu o 65º Prêmio Jabuti na categoria Romance de Entretenimento com a obra "Dentro do nosso silêncio".

Karine compartilhou, em entrevista à Marie Clarie, sua experiência pessoal de dificuldade para engravidar, vivência que teve em comum com a protagonista do seu livro.

A escritora revelou que passou por dois anos e meio de tentativas frustradas para engravidar, e ficou bastante fragilizada no processo. Ela decidiu fazer o tratamento e conseguiu ser mãe na primeira fertilização in vitro (FIV).

Aos 37 anos, ela é mãe de um menino de 5 anos e de uma menina de 8 meses.

“Meus dois filhos foram por FIV. Antes, eu tinha muita vergonha de falar isso. Agora não tenho mais problema, sinto que foi o meu processo, o jeito que eu consegui”, contou à Marie Clarie.

Sua história com a história se iniciou já na pré-adolescência. Ela relata que sempre gostou de escrever, principalmente cartas e diários. Quando tornou-se adulta, decidiu seguir para a área da administração e ficou um tempo sem escrever.

Com o nascimento do primeiro filho, Karine ficou afastada do trabalho e seu marido sugeriu que ela se dedicasse à escrita de maneira integral.

Após sair da empresa onde trabalhava, ela participou de uma oficina de escrita ministrada por Raimundo Carrero e, posteriormente, de outra orientada por Luiz Antonio de Assis Brasil. Depois do nascimento do seu filho, seu livro começou a ganhar forma.

“A dificuldade que tive para engravidar do meu filho era um tema que ainda estava muito fresco para mim. Pensei que daria um bom livro, porque até então eu nunca tinha me deparado com nenhum romance sobre isso”, revelou, também à Marie Claire.

Apesar do receio de ser julgada pela temática do livro, Karine percebeu uma boa recepção dos leitores quando sua obra começou a ser vendida. Segundo ela, leitoras passaram a procurá-la para contar que se identificaram com a história.

"Inclusive, depois, uma delas até me mandou mensagem dizendo que havia engravidado, não tinha contado para ninguém ainda, mas quis me falar. Me senti super lisonjeada", conta.

Karine também defende uma maior representatividade das mulheres na literatura. Para ela, é preciso que haja mais mulheres ocupando espaços.

“Acho que as mulheres estão com uma representatividade maior, mas ainda precisamos estar ali, falando e fazendo, senão acho que não vai para a frente”, afirma.

*Com informações do portal da Marie Claire

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