O que fazer quando a pele fica irritada após depilação com lâmina? Posso fazer esfoliação antes de depilação a laser? Médica dermatologista responde

Se você faz depilação com lâmina e sofre com irritação na pele nos dias seguintes ao retirada dos pelos, existem algumas formas de amenizar o incômodo.

“A irritação da pele após a depilação com lâmina é um problema comum, mas que geralmente pode ser gerenciada com alguns cuidados e medidas. Eu recomendo o uso de uma loção ou creme hidratante sem álcool na área depilada, para ajudar a acalmar a pele e a prevenir o ressecamento”, diz a médica dermatologista Cláudia Magalhães, no Recife.

A especialista ainda entrega outras recomendações, como “aplicar compressas com pano úmido com água fria na área irritada para reduzir a inflamação; evitar roupas apertadas e tecidos ásperos que possam irritar a pele ainda mais, deixando a pele respirar; não coçar e evitar banhos muito quentes, pois pode ressecar a pele”.

“Se a irritação persistir, é bom aplicar uma pequena quantidade de creme de hidrocortisona de venda livre para reduzir a inflamação. Sem melhoras, o ideal é consultar sua dermatologista”, afirma a médica.

“Quero fazer depilação a laser: posso fazer esfoliação?”

“Antes da depilação a laser, pode ser feita uma esfoliação bem leve para que os pelos que estiverem nascendo, já voltados para dentro da pele, possam sair, porque fica mais fácil para fazer a destruição desse folículo piloso. No pós da depilação a laser, jamais fazer nenhum tipo de esfoliação, nem leve, de nenhuma forma, somente o uso de hidratante sem álcool e cremes corticóides para recuperar a pele em dois, três dias, no máximo”, responde a médica.

Em caso de depilação a laser em áreas íntimas, algum cuidado especial?

“Em geral, as regiões íntimas são mais pigmentadas, tem mais melanina nessas áreas, sejam nas pessoas brancas ou com diferentes tonalidades, até mesmo a pele negra. Então, nessas áreas, por causa de uma maior quantidade de melanina, existe o maior risco de queimadura. O médico que faz esse procedimento tem que ter noção de que, às vezes, potências menores, funcionam melhor sem o risco de queimadura, mesmo que a pessoa tenha que fazer um maior número de sessões. O risco é basicamente esse: muita melanina, risco de queimadura, o que é comum nas regiões íntimas de todas as pessoas”, afirma a médica.

A reportagem foi feita após consulta à médica Cláudia Magalhães (CRM 11.769 | RQE 1951). Ela é formada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.