INVESTIGAÇÃO

PF nega acordo para nova delação no caso Marielle Franco

Investigações seguem em sigilo, sem data prevista para encerramento

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Marcelo Aprígio

Publicado em 24/01/2024 às 7:40
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A Polícia Federal (PF) divulgou uma nota na noite da terça-feira (23) informando que, até o momento, apenas uma delação premiada ocorreu nas investigações relacionadas ao assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

“A Polícia Federal informa que está conduzindo há cerca de onze meses as investigações referentes aos homicídios da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes", diz o comunicado.

"Ao longo desse período, a Polícia Federal trabalhou em parceria com outros órgãos, notadamente o Ministério Público, com critérios técnicos e o necessário sigilo das diligências realizadas. Até o momento, ocorreu uma única delação na apuração do caso, devidamente homologada pelo Poder Judiciário”, completa a corporação.

ÉLCIO DE QUEIROZ

A delação mencionada na nota é a do ex-policial militar Élcio de Queiroz, condutor do veículo utilizado no crime, cujos detalhes foram tornados públicos em julho do ano passado e são os únicos confirmados pela PF até agora.

A manifestação da PF surge em resposta a reportagens que sugerem que o ex-policial militar Ronnie Lessa teria aceitado um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, fornecendo informações sobre o mandante do crime.

No entanto, a PF não confirma tais informações e destaca que divulgações não condizentes com a realidade podem prejudicar as investigações.

FAMÍLIA PEDE JUSTIÇA

A irmã de Marielle, a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, reiterou seu compromisso com a busca por justiça diante das últimas notícias sobre o caso.

A PF enfatizou que as investigações seguem em sigilo, sem data prevista para conclusão, e alertou sobre o impacto negativo da divulgação de informações incorretas.

A viúva de Marielle, a vereadora Mônica Benício, também comentou sobre os recentes desenvolvimentos, criticando alguns veículos de imprensa e jornalistas por priorizarem a busca por curtidas em detrimento da responsabilidade na cobertura.

Ela reconhece, no entanto, a importância da imprensa no papel democrático de conduzir investigações, elucidar fatos e responsabilizar os envolvidos.

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