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Gol: pedido de recuperação judicial não afetará voos ou funcionários

Executivo da empresa aponta a pandemia como um dos motivos da crise

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Marcelo Aprígio

Publicado em 27/01/2024 às 8:15
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Celso Ferrer, o CEO da Gol Linhas Aéreas, assegurou que o pedido de recuperação judicial protocolado pela empresa perante a Justiça dos Estados Unidos nesta quinta-feira (25) não terá impacto nos voos, clientes ou colaboradores da companhia.

“Nada do que estamos fazendo vai ter qualquer impacto para os agentes de viagem ou para nossos passageiros”, declarou Ferrer ao conversar com jornalistas, na tarde desta quinta-feira (25), pouco após a Gol tornar pública a decisão de recorrer à justiça norte-americana.

Durante a entrevista, Ferrer reiterou a estratégia delineada pela empresa na nota anteriormente divulgada à imprensa, ao afirmar que a medida em questão não se trata exatamente de uma recuperação judicial.

“O processo de chapter 11 é justamente para proteger a companhia de qualquer ação que possa ser tomada pelos arrendadores de aeronaves, com quem já vínhamos negociando”, acrescentou Ferrer, explicando que os chamados lessores (agentes financeiros que compram aviões e os arrendam para as empresas aéreas na forma de leasing) são credores de aproximadamente metade da dívida de cerca de R$ 20 bilhões que a Gol contabilizava até o terceiro trimestre de 2023, quando divulgou seu mais recente balanço.

PANDEMIA

Conforme afirmado por Ferrer, a dívida é principalmente atribuída à crise econômica desencadeada pela pandemia de covid-19 e a atrasos nas entregas de aeronaves.

Na quinta-feira, a empresa anunciou estar em negociações para obter um financiamento de cerca de US$ 950 milhões, equivalente a aproximadamente R$ 4,6 bilhões.

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