DIREITOS HUMANOS

Governo Lula alerta para fake news sobre a Ilha do Marajó

Informações falsas passaram a circular após música de cantora evangélica viralizar nas redes sociais

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Marcelo Aprígio

Publicado em 24/02/2024 às 7:39
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O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania emitiu uma nota na última sexta-feira (23), alertando sobre a disseminação de notícias falsas relacionadas ao suposto cancelamento de iniciativas e projetos do governo federal na Ilha do Marajó, no Pará.

Segundo o comunicado da pasta, em maio de 2023, foi instituído o Programa Cidadania Marajó, com recursos destinados ao enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes, além de promover os direitos humanos e o acesso às políticas públicas.

ILHA DO MARAJÓ

A nota destaca a necessidade de reverter a lógica assistencialista e os padrões de vida na região do Marajó.

Também ressalta o compromisso de não associar imagens de crianças e adolescentes, com a questão da exploração sexual.

"Possuímos o compromisso de não associar imagens de vulnerabilidade socioeconômica ou do próprio modo de vida das populações do Marajó, em especial, crianças e adolescentes, ao contexto de exploração sexual", diz nota do ministério.

O ministro Silvio Almeida divulgou um vídeo repudiando a propagação dessas informações falsas.

EVANGELHO DE FARISEUS

As informações falsas voltaram a circular após a música 'Evangelho de Fariseus', da cantora evangélica Aymeê Rocha, viralizar nas redes sociais.

A canção critica o movimento evangélico brasileiro e, em um trecho curto, relata o desaparecimento de uma criança, denunciando casos de exploração sexual na Ilha de Marajó.

Na música, a artista gospel cita problemas que encontra nas igrejas evangélicas e afirma que, ao estar com tais problemas, os cristãos acabaram perdendo o foco de coisas como a situação de crianças no Marajó.

RELATOS FALSOS

Em 2020, a então ministra Damares Alves mencionou em um culto em Goiânia que buscava soluções para denúncias de mutilação e tráfico de crianças para exploração sexual na Ilha de Marajó, afirmando possuir evidências.

Após pedido do MPF por informações, ela declarou que as denúncias se baseavam em relatos, não em provas. O MPF alegou propagação de fake news, exigindo retratação pública e uma indenização de R$ 5 milhões por danos sociais e morais à população do arquipélago.

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