PESQUISA CIENTÍFICA

Estudo aponta conexão entre o Bolsa Família e redução da vulnerabilidade ao HIV/AIDS.

Incidência, mortalidade e letalidade são menores entre beneficiários

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Marcelo Aprígio

Publicado em 29/02/2024 às 11:41
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Um estudo divulgado na revista científica Nature Communications por pesquisadores brasileiros revelou que programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, podem desempenhar um papel significativo na redução do adoecimento e mortalidade relacionados à AIDS em países com populações extremamente vulneráveis.

Durante o período de análise, observou-se uma menor incidência de casos de AIDS entre os beneficiários do Bolsa Família em comparação com aqueles que não recebiam o benefício.

Os resultados apontam para a possibilidade de que as condicionalidades do programa, como a busca por serviços de saúde e orientações sobre prevenção e tratamento do HIV/AIDS, contribuam para essa redução.

Ao compartilhar os achados da pesquisa, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ressalta que viver em condições de extrema pobreza é um fator de risco para diversas condições de saúde, incluindo a AIDS.

Menor incidência e mortalidade

A pesquisa, liderada pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), analisou dados de aproximadamente 23 milhões de brasileiros ao longo de nove anos (2007-2015).

Os resultados revelaram uma incidência menor de casos de AIDS e uma taxa de mortalidade associada à doença inferior entre os beneficiários do Bolsa Família em comparação com os não beneficiários.

Essas descobertas sugerem que o programa pode ter impacto na redução não apenas da incidência, mas também da mortalidade relacionada à AIDS, destacando sua importância na promoção da saúde e bem-estar das populações vulneráveis.

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