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Sequestrador de ônibus na Novo Rio achou que era seguido por policiais quando comprava a passagem

Homem que sequestrou um ônibus na Rodoviária do Rio e manteve 16 pessoas reféns por 3 horas

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Marcelo Aprígio

Publicado em 13/03/2024 às 8:58 | Atualizado em 13/03/2024 às 9:08
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Identificado como Paulo Sérgio Lima, o homem que sequestrou um ônibus e manteve 16 reféns na rodoviária do Rio de Janeiro por três horas, na terça (12), disse que acreditava estar sendo seguido por policiais desde o momento em que comprou a passagem.

A afirmação foi feita durante o depoimento dele à polícia, logo após se render, quando também disse que estava fugindo do estado após desavenças com membros do Comando Vermelho.

Segundo ele, tudo começou após ele atirar um traficante da Rocinha durante um conflito. Por medo de represálias, ele decidiu fugir para Minas Gerais. A polícia está investigando essa versão.

SEQUESTRO ÔNIBUS NOVO RIO

O sequestrador chegou ao guichê da Viação Sampaio às 13h51 de terça-feira e adquiriu, em dinheiro, a passagem para Juiz de Fora em um ônibus semileito, com partida programada para as 14h30.

“Ao efetuar o pagamento, Paulo tirou um saco de dinheiro e achou que aquilo ali chamou a atenção de algumas pessoas, que para ele seriam policiais”, afirmou o delegado Mário Andrade, da 4ª DP (Praça da República).

Apesar de suspeitar que poderia ter sido observado, o criminoso optou por prosseguir com o embarque. Dentro do ônibus, começou a desconfiar que alguns passageiros também poderiam ser policiais.

“Houve a falha mecânica. O motorista pediu auxílio e saiu do coletivo. Paulo achou que, nesse momento, os policiais iriam pegá-lo", prosseguiu o delegado.

"Foi quando vieram passageiros, que estavam entrando no ônibus, ele achou que seriam policiais e fez menção de entregar a arma. Um se assustou e saiu correndo, e Paulo efetuou os disparos", completou.

Os disparos atingiram Bruno Lima da Costa, de 34 anos, funcionário da Petrobras, no tórax e no abdômen. O estado de saúde de Bruno era grave na manhã desta quarta-feira (13).

A Polícia Civil relata que Paulo Sérgio também abriu fogo contra os policiais que conduziam as negociações do lado de fora.

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