COMÉRCIO

Páscoa 2024 deve movimentar cerca de R$ 80,5 milhões em Pernambuco

Em clima de otimismo, varejo do Estado já importou 1,2 toneladas de bacalhau e 17 mil quilos de chocolate para as festividades da Semana Santa

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Marcelo Aprígio

Publicado em 19/03/2024 às 8:00
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Em Pernambuco, a importação de produtos como pescados e chocolates é prevista para ter um impacto positivo no faturamento do varejo durante a Páscoa, a sexta data comemorativa mais relevante para o comércio brasileiro.

De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), a expectativa é que o volume de vendas atinja R$ 80,56 milhões, mantendo-se estável em comparação ao ano anterior.

Esses dados foram obtidos a partir da previsão do volume de vendas para a Páscoa de 2024 no varejo nacional, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O estudo também indica um crescimento nacional de 4,5% no volume de vendas em comparação com 2023, totalizando R$3,44 bilhões apenas este ano.

A importação de produtos típicos reflete a expectativa do varejo para esta data: segundo a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), a quantidade importada de bacalhau no primeiro bimestre de 2024 foi de 1,2 tonelada, enquanto as importações de chocolates alcançaram 17 mil quilos, ambos destinados a Pernambuco.

VALORIZAÇÃO DO REAL

A valorização do Real ao longo do último ano compensou parcialmente a alta dos preços internacionais desses produtos.

A taxa de câmbio, que às vésperas da Páscoa de 2023 encontrava-se em R$/US$5,20, atualmente está abaixo dos R$ 5, recuo de 4,3%.

No mesmo intervalo de tempo, os preços médios de importação tanto de chocolates quanto de bacalhau recuaram 4,1% e 11,4%, respectivamente.

Pelo segundo ano consecutivo, a cesta de bens e serviços considerada para os estudos de impacto das vendas de Páscoa, composta por oito itens descritos na Tabela 1, deverá sofrer reajuste acima da inflação.

Puxado pela alta no preço do azeite de oliva (+45,7%), os itens relacionados a essa data deverão estar 5,2% mais caros que no mesmo período de 2023.

Entretanto, os itens com maior demanda sazonal nessa época do ano tendem a ser reajustados abaixo da inflação. São os casos dos chocolates (+2,4%), bacalhau (-3,2%) e pescados em geral (+4,7%).

Em vista desses resultados, a Fecomércio-PE realizou uma sondagem junto a empresários dos segmentos de super e hipermercados e comércio de chocolates e peixarias no Recife.

A pesquisa evidencia um clima de otimismo em relação à sexta data comemorativa mais relevante para o varejo.

AUMENTO DA PROCURA

Entre os fatores que sustentam essa perspectiva positiva, destaca-se o aumento na demanda por produtos, impulsionado pelo uso de canais de comunicação como aplicativos de mensagens e redes sociais.

No que se refere às estratégias de vendas adotadas pelos empresários para impulsionar o volume de vendas, destaca-se a utilização ativa das redes sociais como forma de alcançar os clientes, além da participação em eventos e feiras do setor.

A pesquisa revelou uma confiança mútua sólida entre os empresários do varejo em relação à temporada da Páscoa, com expectativas de um aumento nas vendas e planos para contratar funcionários temporários para atender à demanda sazonal adicional.

“O varejo está otimista com as projeções para a Páscoa de 2024, com a expectativa de volume de vendas atingindo R$80,5 milhões. A estabilidade prevista para Pernambuco, influenciada pela importação de pescados e chocolates, demonstra a solidez do setor mesmo com as adversidades do mercado de trabalho, que podem vir a influenciar o consumo nesse período"”, afirma o presidente da Fecomércio-PE, Bernado Peixoto.

"O varejo deve estar preparado para atender a demanda dos consumidores, ofertar diversidade nas modalidades de pagamentos, utilizar estratégias de vendas para atrair clientes e incentivar seus colaboradores com comissões", conclui.

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