EDUCAÇÃO

Governo propõe a servidores da educação reajuste de 9% em 2025

Sindicato classificou proposta de "irrisória e decepcionante"

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Beatriz Paixão

Publicado em 20/04/2024 às 8:20

Nesta sexta-feira (19), a proposta de reestruturação da carreira dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais foi apresentada pelo Governo Federal.

As categorias estão em greve em boa parte do País.

De acordo com a proposta, o reajuste concedido aos servidores será de 9% e começa a valer a partir de janeiro de 2025. Outro reajuste de 3,5% começa a partir de maio de 2026. 

A proposta foi apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) durante a quarta reunião da Mesa Específica e Temporária que debate a reestruturação da carreira.

Proposta para 2024

Em 2024, o governo já tinha oficializado uma série de ajustes para os servidores federais. Isso incluía um aumento no auxílio-alimentação, passando de R$ 658 para R$ 1.000, um aumento de 51,9%. Além disso, havia um aumento de 51% nos recursos para assistência à saúde suplementar (auxílio-saúde) e um aumento no auxílio-creche, de R$ 321 para R$ 484,90.

De acordo com o ministério, considerando o aumento nos benefícios e o reajuste de 9% concedido no ano anterior, juntamente com a proposta recente, os técnicos teriam um aumento médio de mais de 20%.

O Ministério do Governo Interno também propôs a verticalização das carreiras, introduzindo uma matriz única com 19 padrões, reduzindo o intervalo de progressão por mérito de 18 para 12 meses e alterando o tempo necessário para alcançar o topo das carreiras para 18 anos.

Servidores

Os servidores técnico-administrativos da área de educação expressaram descontentamento com a proposta do governo, considerando-a “irrisória e decepcionante”. O Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) relatou que as negociações da manhã foram focadas nos técnicos, enquanto as discussões sobre os docentes ocorreriam à tarde.

Além de exigir um aumento salarial inicialmente entre 22,71% e 34,32%, dependendo da categoria, os servidores pedem a reestruturação das carreiras técnico-administrativas e docentes, a revogação de normas prejudiciais à educação federal aprovadas em governos anteriores e a restauração do orçamento, além de um reajuste imediato nos auxílios e bolsas dos estudantes.

O Sinasefe indicou que a greve provavelmente continuaria, já que a proposta do governo não atende às demandas por aumento salarial e reestruturação das carreiras. O sindicato criticou a oferta do governo de um aumento de 9% para janeiro de 2025 e 3,5% para maio de 2026, considerando-o um congelamento salarial para 2024.

A decisão dos servidores da área de educação será formalizada após consulta às assembleias locais e discussão em uma plenária nacional a ser convocada.

Fonte: Agência Brasil

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