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Greve dos aplicativos: motoristas e entregadores de apps rejeitam proposta das plataformas e podem decretar greve

Entenda tudo sobre a possibilidade da greve de motoristas e entregadores de aplicativos

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Amanda Marques

Publicado em 30/08/2023 às 12:34 | Atualizado em 31/08/2023 às 8:59
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Representantes de motoristas e entregadores de aplicativos alertaram a possibilidade de entrar em greve, caso as plataformas não melhorassem as propostas de remuneração no próximo encontro, que está marcado para o dia 12 de setembro, da comissão especial do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

De acordo com o presidente da Associação de Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil (AMABR), Edgar Francisco, a bancada dos trabalhadores estão pedindo no mínimo R$35 por hora logada, ou seja, todo o tempo à disposição dos aplicativos, inclusive os intervalos das corridas.

Comissão reuniu representantes de trabalhadores e associações

Nesta terça-feira (29), a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), organização responsável por reunir empresas líderes no mercado de apps de entrega, como iFood, Amazon, 99, Uber e Lalamove, apresentou uma nova sugestão de valores desde a negativa dos trabalhadores na reunião realizada anteriormente.

Contudo, a proposta apresentada Amobitec e Movimento Inovação Digital (MID) consiste em uma remuneração de R$21,22 "hora trabalhada" para o transporte de passageiros. No delivery, a proposta reduz para R$ 12 aos motoqueiros, R$ 10,86 para carros e R$ 6,53 para bicicletas.

Ou seja, para garantir R$ 12, um motoboy precisaria acumular 60 minutos em entregas.

Greve nacional dos motoristas e entregadores de app

Ao Portal NE10, o presidente da AMABR relatou a revolta da classe em relação à proposta das associações e afirmou que greve acontecerá caso uma nova proposta não seja apresentada. 

"Achamos um absurdo e uma falta de respeito com os entregadores. Então, decidimos fazer o alerta geral de paralisação para todos motofretistas, motoristas, mototaxistas e ciclista. Os aplicativos admitiram que foi uma proposta muito ruim e pediram até o dia 12/09 para apresentar uma proposta melhor. Caso não tenha um acordo a partir dessa data, vamos convocar as categorias envolvidas e fazer uma paralisação Nacional", disse Edgar. 

Vale destacar que ainda neste ano, durante o mês de janeiro, a categoria se uniu para realizar uma paralisação em relação aos aplicativos de entregas e reinvindicação à melhores condições de trabalho. 

A mobilização dos profissionais autônomos foi articulada pela Aliança dos Entregadores de Aplicativos (AEA), que reivindicam melhores condições de trabalho e criação de fundo social para proteger trabalhadores, além do fim da entrega dupla e tripla, que consiste em mais de uma entrega adicionada no trajeto do motoboy sem qualquer pagamento adicional.

*Com informações do Portal UOL

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