ENTREVISTA

Vítima de acidente em escada: 'Quando fecho os olhos, volto pra cena'

TV Jornal
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Publicado em 23/10/2018 às 20:52

-Reprodução/TV Jornal

Uma das vítimas do acidente em uma escada rolante no Terminal Integrado do metrô Aeroporto, Zona Sul do Recife, registrou boletim de ocorrência na Delegacia do Ipsep sobre o caso. Maria José Oliveira da Silva, moradora do Conjunto Muribeca, Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, recebeu alta após ser atendida na UPA da Imbiribeira, mas ainda sofre com as escoriações provocadas pelo acidente. ''Eu não gosto nem de fechar os olhos, porque quando eu fecho na lembro que eu tô ali naquela mesma cena'', conta. Declarações foram concedidas em entrevista à edição de O Povo na TV desta terça-feira (23).

A vítima conta que, até o momento, não recebeu qualquer tipo de assistência do Grande Recife Consórcio de Transporte, responsável pela administração do terminal. ''Eles só ligaram para o meu esposo perguntando das notas [dos medicamentos]. Que notas? A gente não tem nem dinheiro [para comprar os remédios]'', diz.

Ela afirma também que não recebeu todos os atendimentos necessários na UPA. O médico que a atendeu disse que ela precisava fazer uma ressonância para ver se mais alguma parte do corpo havia sido afetada, mas, pela manhã, quando iria fazer o exame, o outro médico disse que não havia necessidade e deu alta à mulher.

Na sua residência, Maria José é a única pessoa com um trabalho fixo, como manicure. O marido está desempregado. ''Muitas clientes já ligaram pra mim, sem saber do que tinha acontecido. Elas sabem da minha situação. Vou passar um bom tempo sem trabalhar, porque o médico disse que eu tinha que ter repouso''.

Veja a entrevista completa:

Os reparos na estrutura do equipamento foram iniciados nessa terça-feira (23), mas parte dos usuários de transporte coletivo temem pela própria segurança quando circulam pelo local.

Ainda nesta quarta-feira (24), a manicure Maria José disse que não foi procurada pelo Grande Recife Consórcio para receber auxílio e que não tem condições financeiras nem mesmo para comprar a medicação necessária para arcar com o tratamento.

Confira na reportagem do "Por Dentro com Cardinot":

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