A estudante Débora Dantas, em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (17), falou sobre o posicionamento do Grupo Big, que afirmou ''jamais ter negado a custear os procedimentos necessários'' e de ter sido ''surpreendido com o pedido para financiar o curso na Universidade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos''. A jovem vítima de escalpelamento em um kart disse que a viagem foi sugerida pelo setor de Recursos Humanos da empresa.
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''Em nenhum momento, eu disse que não queria tratamento. Eu solicitei, caso fosse possível, se poderia ir para lá (Estados Unidos), como foi sugerido à mim. Eu pedi para que, se caso não aceitasse essa solicitação, eu pudesse me tratar. Eu jamais colocaria minha vida em risco'', afirmou.
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Tratamento
Ainda nesta sexta-feira (17), o Procon-PE emitiu uma nota para a imprensa e informou que o Grupo Big irá custear R$ 300 mil do tratamento de Débora Dantas. No entanto, a jovem reforçou que o tratamento estava parado e que a empresa não estava lhe ajudando. ''Nunca recebi auxílio financeiro deles. O que eles mandavam eram os remédios que tem o custo semanal de R$ 500, e eu não estou recebendo mais essas medicações'', contou.
Repercussão
Débora Dantas também justificou o fato de convocar a coletiva de imprensa e as reuniões com o Governo de Pernambuco. A jovem diz que, sem o tratamento, corre risco de vida. ''Eles mandaram uma mensagem há dois dias, e isso prova que não estava tendo o atendimento. Precisou (da repercussão da imprensa), para eu ter esse respaldo. A gente ainda está vendo a data especifica com o doutor (para a cirurgia). No momento, o tratamento está parado. Eu preciso tirar os pontos da minha cabeça. É um 'porta' para bactérias e outras doenças'', concluiu.
Nota do Grupo Big na íntegra
O Grupo Big esclarece que jamais se negou, nem se negará, a custear os procedimento necessários à plena recuperação da saúde (de Débora)", diz trecho da nota. "Por intermédio do seu advogado, Débora então apresentou um lista de pleitos que não guardam nenhuma relação com o acidente ou com a sua saúde, como: financiamento de curso preparatório de sua escolha, em qualquer lugar do mundo; financiamento do curso da Universidade de Medicina de Harvard; custeio de plano de saúde internacional; casa em Longwood, nos EUA; e pagamento do valor de 10 milhões de dólares.", continua o comunicado.
O Big Bompreço afirmou ainda ter sido surpreendido com declarações da jovem e seu advogado, que segundo a empresa, não correspondem à realidade. Segundo a rede de supermercados, declarações "não representam a conduta que o Grupo Big tem adotado desde o início.