As recordações do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de apenas 5 anos, estão vivas nas mentes de quem conviveu com a criança. Na escola onde o garoto estudava, desde o maternal, todos sabiam que o sonho dele era ser jogador de futebol. No caderno dele, ficaram gravadas as primeiras letras de uma história que foi interrompida após a queda do 9º andar do condomínio de luxo Píer Maurício de Nassau, conhecido como Torres Gêmeas, no bairro de São José, na área central do Recife.
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Repercussão
A #JustiçaPorMiguel alcançou o primeiro lugar entre os assuntos mais comentados em todo o Brasil. A apresentadora do SBT, Maisa, repostou a mensagem de Kevin O Chris divulgando o link de uma petição online cobrando justiça. A cantora Marília Mendonça, com quase seis milhões de seguidores no Twitter, também lamentou a morte da criança, assim como a funkeira Valesca Popozuda.
Instituições prestam apoio à família
A morte de Miguel também gerou reações de diversas instituições. O coletivo Rede de Mulheres Negras de Pernambuco chamou a atenção para a questão racial do crime e a coordenadora, Mônica Oliveira, disse que estão sendo organizadas várias ações para prestar apoio à família da vítima.
Já a coordenadora executiva do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop), Edna Jatobá, destacou que a morte da criança não foi uma mera fatalidade e que o fato da mãe estar trabalhando durante a pandemia do novo coronavírus era uma irregularidade. A instituição se colocou à disposição para ajudar judicialmente a família e está provocando o Ministério Público de Pernambuco para atuar firmemente no caso.