ENTREVISTA

Irmão de mulher morta em casa de rações, em Abreu e Lima, diz que família imaginava que empresária fosse mandante do crime

'Não tinha mais ninguém na cabeça', diz irmão de funcionária. A empresária era ex-patroa do irmão de Suzane Neves de Almeida. Ela foi presa nesta quinta (30) por ser mandante do crime

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 30/09/2021 às 19:30 | Atualizado em 29/12/2021 às 19:21
Ao saber da prisão da empresária, a família da funcionária agradeceu o trabalho da polícia - Reprodução/TV Jornal
FOTO: Ao saber da prisão da empresária, a família da funcionária agradeceu o trabalho da polícia - Reprodução/TV Jornal

Em entrevista à TV Jornal nesta quinta-feira (30), Roberto Ferreira, o irmão da funcionária Suzane Neves de Almeida, que morreu após ser baleada na cabeça enquanto trabalhava em uma casa de ração localizada na Rua Manoel Pereira de Albuquerque, em Matinha, Abreu e Lima, no Grande Recife, informou que a família já imaginava que a ex-patroa, a empresária, de 51 anos, fosse a mandante do crime.

"Não tinha mais ninguém na cabeça a não ser ela, entendeu. A gente já tava querendo justiça de todo jeito, tanto é que, minha mãe já sabia, já desconfiava. Todo mundo alertando. Os clientes falavam também. Cuidado com essa mulher, falavam", contou ele

"Depois que falei que iria sair (da loja) numa boa, na paz, aparentemente, pareceu que ia ser tudo bem, mas não foi. Quando comecei na minha loja ela mandou furar os quatro pneus do meu carro. Esperava que isso fosse parar por aí, mas...", acrescentou Robson.

A ex-patroa foi presa nesta quinta pela polícia por ser a principal suspeita de ter mandado matar Suzane. Segundo a polícia, a empresária era concorrente do estabelecimento. "A casa de ração prosperava e isso causou uma grande revolta entre ela e o companheiro dela, que se encontra recluso. E fez com que eles arquitetassem o crime. Eles pretendiam também matar o irmão de Suzane, mas os algozes só encontraram Suzane. O crime foi uma execução covarde", disse a delegada Stefany Azevedo.

A delegada conta que, para matar os dois, a quantia paga seria de R$25 mil aos dois executores. "Para matar um deles, foi pago a quantia de dez mil", contou. Ainda segundo a polícia, o companheiro da empresária, também é um dos autores intelectuais do crime. Ele já se encontrava recluso no sistema prisional desde dezembro do ano passado.

Agradecimento

Ao saber da prisão da empresária, a família da funcionária agradeceu o trabalho da polícia.

O crime

Câmeras de segurança registraram imagens do acontecimento. Suzane, estava no caixa da loja quando dois suspeitos invadiram o local. Abordada pelos criminosos, ela entrega o celular e o dinheiro do caixa. No momento em que está retirando o relógio do pulso, os homens disparam contra ela.

A família confirmou a morte da vítima na noite do dia 21 de setembro. Depois dos disparos, Suzane foi levada para a UPA de Cruz de Rebouças e, em seguida, transferida para o Hospital da Restauração, na Área Central do Recife. Suzane não resistiu aos ferimentos e morreu.

Prisões


Oito pessoas estavam envolvidas no crime, entre elas, dois presos que já estavam reclusos na prisão. "A mandante e um dos executores já estão presos. Além dos autores do crime, ainda tem o apoio do motorista e uma pessoa que fica armada dando cobertura aos outros", contou a delegada

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