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Casal denuncia homofobia e truculência policial após dançar em frente à Delegacia de Paulista; Veja vídeo

A polícia se pronunciou sobre o caso dos dois jovens, em nota enviada à produção da TV Jornal

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 30/11/2021 às 21:01 | Atualizado em 28/12/2021 às 18:47
Notícia
Cortesia
Jovem dançava em frente à delegacia quando foi abordado por um policial já com a arma em mãos - FOTO: Cortesia

Com informações de Michael Carvalho

Um casal denuncia ter sido vítima de homofobia e truculência policial, no bairro do Janga, no município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife.

Eles afirmaram, em entrevista exclusiva à TV Jornal nesta terça-feira (30), que tudo aconteceu enquanto gravavam um vídeo dançando na frente da delegacia. Acompanhe a reportagem, abaixo:

O jovem Admilson Silva, de 24 anos, dançava na entrada da Delegacia do Janga quando percebeu a aproximação de um policial, já coma arma em punho.

O comerciante e o namorado Anderson Santos, de 31 anos, que filmava a dança contam que gravavam um vídeo de brega funk. Após o policial tenta impedir a gravação e manda os dois irem embora, Admilson é puxado pela camisa e pede ajuda.

Por que gravar na frente da delegacia?

O namorado dele, que é promotor de eventos, continua o vídeo e questiona a truculência do policial militar que pediu reforço. Os dois afirmam que foram levados para o lado de dentro e agredidos fisicamente.

O casal alega que teve os celulares apreendidos. Ambos foram encaminhados para a UPA, onde passaram por exames.

Durante a entrevista, os dois contaram ter escolhido o local porque acreditavam que a delegacia estava fechada e o reflexo da porta de vidro ajudava na coreografia.

Anderson ainda diz que foi coagido durante o depoimento. Os dois estão com medo de sair de casa e não têm dúvidas de que também foram vítimas de homofobia.

O que diz a polícia?

Em nota, o comando do 17° Batalhão da Polícia informou que, quando os policiais viram os dois jovens gravando um vídeo ao som de música que fazia apologia ao crime, orientaram os dois a deixarem a unidade militar e fazer o vídeo em outro local.

No entanto, segundo os policiais, os dois rapazes teriam se recusado, e acabaram conduzidos para a Delegacia de Paulista, onde foi aberto um inquérito por portaria.

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