O advogado Alexandre Oliveira, responsável por defender Jussara Paes e o filho, acusados de matar Denirson Paes, acredita que a cliente não deveria estar presa. De acordo com ele, após o depoimento do porteiro, três testemunhas confirmaram a versão do funcionário do condomínio. "O depoimento da Jussara diz que seu marido falou com ela às 4h30 do dia 31/05 e que saiu para o apartamento próximo e de lá iria viajar. E esse depoimento foi desacreditado pela Polícia", comentou.
Em depoimento à Polícia, o porteiro disse ter entregue uma ata do condomínio para o médico Denirson Paes às 7h30 do dia 31 de maio, supostamente no dia que ele foi morto. Segundo Alexandre Oliveira, essa informação seria suficiente para garantir a liberdade provisória da cliente. "A gente está mostrando que o depoimento da minha cliente está correto e que ela não merece estar presa nesse momento. Vamos ter que aguardar as demais investigações para saber quem cometeu esse crime, mas Jussara e Danilo não foram", complementou.
Enterro
O corpo do cardiologista foi sepultado no último sábado (28), na cidade de Campo Alegre de Lourdes, no interior da Bahia, cidade natal de Denirson. Familiares e amigos participaram de uma missa e se despediram emocionados do médico, de 53 anos. Segundo a polícia, Denirson Paes da Silva foi assassinado. Partes do corpo foram encontradas pelos investigadores, no começo deste mês, em um poço, ao lado da casa onde ele morava com a família, em um condomínio de luxo, em Aldeia, Camaragibe.
Relembre o caso
O corpo do médico cardiologista e advogado foi encontrado no dia 4 de julho, em um poço na casa pertencente à família, em Aldeia, Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. O cadáver estava em avançado estado de decomposição. De acordo com informações da Polícia Civil, a esposa da vítima e o filho mais velho são os principais suspeitos do crime. Eles estão presos desde o dia que o corpo foi encontrado.
Segundo as investigações, Denirson Paes desapareceu no dia 31 de maio. A esposa disse que a última informação do marido era que ele tinha feito uma viagem internacional e não teria retornado, mas a Polícia apontou que a vítima teria cancelado a viagem, anteriormente marcada para o dia 2 de junho. A causa da morte ainda está sendo investigada, mas uma primeira análise encontrou uma possível agressão no crânio do médico.