Mar Aberto

Iate, helicópteros e carros apreendidos em 2ª fase de operação que prendeu DJ Jopin

Iate foi avaliado em R$ 15 milhões foi apreendido, além de dinheiro e celulares na cela dos presos no Cotel. DJ Jopin foi preso na 1ª fase da operação e o pai dele foi apontado como líder de organização criminosa que sonegou R$ 65 milhões

Giovanna Torreão
Giovanna Torreão
Publicado em 30/05/2019 às 17:15
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

A polícia Civil de Pernambuco e a Secretaria da Fazenda (Sefaz) deram continuidade, nesta quinta-feira (30), à operação Mar Aberto, que investiga crimes de lavagem de dinheiro, crimes tributários e de organização criminosa. Nesta, que é a segunda fase da ação, foram apreendidos dois helicópteros, um iate de 115 pés e seis carros de colecionadores. Durante a primeira fase da operação Mar Aberto, foram presos José Pinteiro Júnior, conhecido como DJ Jopin, e outras oito pessoas.

Dinheiro e celular dentro do Cotel

No Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, também foram feitas apreensões. "Apreendemos celulares e uma quantia considerável de dinheiro com os presos desta operação. Como é que um indivíduo está dentro do presídio com dinheiro e celular? Coisa boa não deve estar fazendo", disse o delegado Jean Rockfeller, chefe da Diretoria Integrada Metropolitana.

Apreensões

  • O iate apreendido é avaliado em quase R$ 15 milhões estava ancorado em uma praia na Paraíba. Para fazer o transporte até Pernambuco, a Sefaz gastou R$ 10,5 mil;
  • Os carros de colecionadores estavam no empresarial Jopin, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife;
  • Um dos helicópteros foi apreendido em um terreno no Pina;
  • O segundo helicóptero foi apreendido em São Paulo;
  • Um carro de luxo em Caruaru, no Agreste de Pernambuco;
  • Celulares no Cotel;
  • Dinheiro no Cotel.

Operação Mar Aberto

A primeira fase da operação foi desencadeada no início do mês de maio e foram cumpridos nove mandados de prisão e 18 mandados de busca e apreensão domiciliar. O principal estabelecimento investigado foi a Belmar Comércio Náutico LTDA., cujo sócio administrador era José Pinteiro da Costa Neto, que responde por 77 execuções fiscais. Juntamente com familiares e "laranjas", o empresário usou empresas de fachada, principalmente do setor náutico, para sonegar os tributos.

Das 11 empresas averiguadas, apenas três possuíam empregados registrados, e muitas eram constituídas no mesmo endereço e atuavam na mesma atividade. O grupo econômico movimentou R$ 358 milhões em cinco anos, e acumulou débito de R$ 65 milhões em tributos sonegados. Entre os integrantes da organização criminosa que foram presos na operação estão a esposa e filhos de José Pinteiro Neto, um deles sendo o DJ Jopin, como é chamado.

Trabalho da polícia

A operação foi coordenada pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco) e cumpriu 13 mandados de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo juiz da Vara de Crimes Contra a Administração Pública e Contra a Ordem Tributária. Cerca de 50 policiais civis participaram da operação Mar Aberto II.

As investigações são coordenadas pela Diretoria de Operações da Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Diresp) e supervisionadas pela chefia de Polícia. Os trabalhos da polícia tiveram início em dezembro de 2017, com o objetivo de prender integrantes de uma organização criminosa.

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