Na madrugada desta segunda-feira (29), a auxiliar administrativa Poliane Cecília Marcos da Silva, de 27 anos, entrou em trabalho de parto, mas a bebê nasceu sem vida e com acúmulo de líquidos em diversas partes do corpo. A família reclama do atendimento no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, no Recife

Poliane já havia sido internada com uma forte retenção de líquidos no dia 10 de julho e, após oito dias, ela recebeu alta do Imip. No dia 23, o quadro da gestante piorou e ela precisou ser internada às pressas. No meio dos exames, os médicos descobriram que o coração do bebê não funcionava normalmente.

Diante do sofrimento da moça, Edileuza Barreto, funcionária pública e mãe de Poliane, chegou a pedir aos médicos que realizassem o parto, mas o procedimento não pôde ser feito. Segundo ela, o Imip estaria com superlotação e não havia leitos para acolher e cuidar da filha e neta.

Ainda segundo Edileuza, o quarto da bebê estava todo pronto e Poliana, que já tem um filho, estava com grande expectativa para a chegada da primeira menina. Segundo ela, a família já entrou em contato com o Ministério Público, mas nada foi resolvido.

Esclarecimento

Em nota, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) informou que a equipe prestou toda a assistência à gestante, mas a bebê faleceu depois de apresentar um quadro de saúde bastante grave. A unidade de saúde informou ainda que ela nasceu prematura, com acúmulo de líquidos em diversas partes do corpo, além de tumores no abdômen e no coração.

Sepultamento

A mãe continua em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) obstétrica do hospital. Segundo a família, a bebê vai ser sepultada nesta quarta-feira (31), no Cemitério de Beberibe, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.