Entrevista

"Ele não estava sob efeitos de álcool", diz o advogado do suspeito de ter atropelado mulher na Av. Boa Vista

Segundo o advogado, o estado emocional do cliente dele está bastante abalado

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 26/08/2019 às 14:05
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

Em entrevista realizada nesta segunda-feira (26), o advogado do suspeito em ter atropelado na Avenida Conde da Boa Vista, na última sexta (16), a estudante de odontologia, Alessandra Tamyris Tristão, de 23 anos, relatou que ele não lembra do acidente em si, mas que apenas estava indo comprar materiais para a loja em que trabalhava e ao chegar no local do crime apresentou ter um súbito e acabou perdendo a consciência totalmente.

"Ele só veio retornar quando foi apoiado por populares no local tentando levantar ele, mas em momento nenhum ele tentou fugir. Até porque ele não tinha condições. Ele teve fraturas no membro inferior, faturas médias e foi socorrido pela equipe do Samu no local", disse o advogado, Pedro Yuri.

Segundo o advogado, o estado emocional do suspeito está bastante abalado, pois já passou por uma perda de um filho idêntica há dez anos atrás e que não deseja isso a ninguém, inclusive a mulher que estava no iniciando a vida.

"Foi um caso fortuito, ele não fez porque quis, ele não estava sob efeitos de álcool. Sempre foi um condutor exemplar, sempre respeitou as leis, inclusive a primeira habilitação dele é de 1990, ou seja, ele faz muito tempo que pilota moto e dirige carro", reforçou o advogado.

Grávida atingida

Uma gestante também teria sido atingida no acidente.

O sonho de se formar

A mãe da moça, Sandra Tristão, mostra nas mãos a bata e a toca que a filha usava para trabalhar, muito abalada, ela conta que no dia 28 de setembro a menina estaria colando grau e que tinha ido comprar o vestido de formatura. Segundo ela, as duas não tinham se afastado um metro da porta da loja, quando viu a filha saindo do chão ao lado dela na calçada.

Ela disse que sentiu um vento muito forte, e depois viu a filha no chão. A funcionária da Loja de vestidos que atendeu Alessandra poucos minutos antes do atropelamento, ficou chocada, a avó da jovem que morreu, diz que a família espera por justiça.

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